Em acolhida aos presentes, monsenhor falou sobre a alegria de receber a Família da Esperança, que trabalha com dependentes químicos, e enfatizou a ligação da comunidade criada pelo Frei Hans Stapel e Nelson dos Santos com a Canção Nova. O sacerdote abençoou os recuperandos e suas famílias e pediu para que permaneçam firmes na luta contra as drogas.
Logo em seguida, o titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), general Paulo Roberto Uchôa, discursou sobre a realidade das drogas no Brasil e apresentou os objetivos e diretrizes do órgão federal para o qual trabalha. “O problema das drogas não é somente um problema de saúde. É também de educação, de direitos humanos, problema de todas as áreas”, explicou enfatizando a importância da sociedade no combate ao uso de entorpecentes.
Uchôa falou ainda que a solução da questão não é a repressão, mas sim a informação e a preparação para a vida. “Muitas pessoas que entram nesse caminho tiveram problemas na família, na comunidade onde vivem. Para mudar isso, elas precisam de coragem, como esses recuperandos da Família da Esperança”.
O general também destacou que a religião é um fator fundamental no combate às drogas. “Pesquisas cientificas mostram que a espiritualidade está, em primeiro lugar, no que se refere ao fator que fez a pessoa conseguir abandonar as drogas. Além da recuperação, a religião também exerce uma forte importância na prevenção, visto que muitas pessoas nem entram nesse caminho por causa dela”, concluiu.
Festa da Família da Esperança
Durante este mês de outubro, a Família da Esperança realiza uma festa em comemoração ao seu Reconhecimento Pontifício. A programação festiva oficial começa no dia 19 e termina no dia 24 de outubro – a maioria dos eventos acontece no bairro das Pedrinhas, em Guaratinguetá (SP).
As principais atividades são as celebrações eucarísticas no 22, às 17h30, com o cardeal Odilo Pedro Scherer; dia 23, às 11h30, com o cardeal Geraldo Majella Agnelo; e no dia 24, às 12h, com o núncio apostólico dom Lorenzo Baldisseri.
A obra foi fundada em 1983 e presta trabalho em diversos campos sociais, mas o principal é a recuperação de jovens dependentes químicos. Nesses 27 anos de missão, a Família da Esperança se expandiu por todo o país e no exterior. Atualmente, atende cerca de três mil jovens nas 72 fazendas espalhadas por 21 estados do Brasil, e está presente em outros nove países: Alemanha, Rússia, Filipinas, Moçambique, México, Guatemala, Paraguai, Uruguai e Argentina.
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