Tratado da Verdadeira Devoção a Virgem Maria

Padre Paulo Ricardo

Vamos falar um pouco sobre a escola de santidade do beato João Paulo II e nesta escola ele tinha como livro de cabeceira o Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria. Ele, desde jovem, carregava em sua mochila esse livro, mesmo antes de entrar no seminário. E o diabo tem medo desse livro escrito pelo Santo Luiz Maria, que recebeu do Papa a missão de ser pregador apostólico. Ele começou a pregar na França a partir do método da consagração total a Virgem Maria.

Depois que eu comecei a pregar sobre o Tratado da Verdadeira Devoção, percebi o quanto as pessoas não gostavam dele, tinham até raiva irracional. Vi que ali era mesmo algo de Deus, por isso que as pessoas não gostavam dele, foi por isso que eu continuei a pregar sobre ele.

O diabo escondeu o Tratado da Verdadeira Devoção por 130 anos. São Luiz Maria de Montfort percebeu o quanto o maligno odiava esse tratado.

O nosso trabalho agora é o contrário, já que o diabo o quis esconder, cabe a nós divulgá-lo. O Papa Bento XVI recebeu os missionário monfortanos e disse que eles têm como intercessor no céu o beato João Paulo II.

Enquanto João Paulo II estava vivo eu não ligava para a devoção ao tratado, para mim, antes a fonte da espiritualidade era só Jesus Cristo, mas tenho certeza de que esse beato, lá do céu, intercedeu por mim, e a partir daí pude perceber que o centro do tratado também é Jesus Cristo, que se dá pelas mãos de Maria. Mas por que “pelas mãos de Maria”? A finalidade da vida cristã é ter Jesus como centro de nossas vidas, proclamamos no batismo o senhorio de Jesus. Pecamos, muitas vezes, porque ainda não O deixamos como centro. Ele quer tomar posse de tudo o que somos e temos.

Muitas vezes, dizemos para Jesus que Ele pode agir em nós e até mesmo colocar a cruz sobre nós, mas não sobre as nossas famílias, queremos suportar por eles. Mas saiba: Ele quer cuidar de tudo e todos.

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Saiba que diante das maiores dificuldades, teremos a recompensa no Céu, se aqui soubermos agir com fé.

Deus quer todos nós sejamos salvos, mas precisamos ter alegria de viver a vida sofrendo por amor a Deus, se você tem uma vida sofrida e leva essa vida no amor de Deus, saiba que no Céu está reservado para você.

Por causa do pecado do pecado original, nós temos medo de Deus. Assim com Adão teve medo ao saber que estava nu. Na mesma tarde do pecado original, Deus disse à serpente: “Porei inimizade entre você e Eva, entre a sua descendência e a dela”. A partir daquele momento os descendentes do diabo e os filhos de Maria se tornaram inimigos. Precisamos travar essa luta. Como? Através da consagração, e Jesus nos ensinou isso na cruz, quando nos entregou, por meio de João, a Maria.
Nossa Senhora não é uma mulher qualquer, ela é a Mulher esperada desde toda a eternidade.

Precisamos estar nas mãos de Nossa Senhora, lá é um local seguro e não teremos medo. Quando estamos com medo, é a mãe a quem chamamos. Mesmo que teologicamente o Amor de Jesus seja infinitamente maior do que o de Maria, mas para nós ela tem o maior amor de todos nós. É questão de ponto de vista: aos olhos de Deus, o amor dela é pequeno, mais ela em relação a nós é grande. Quando nos entregamos a Maria, ela no mesmo momento nos leva a Jesus, pois é local de segurança.

Deus olhou para a humildade da Virgem Maria. Comparando-a Lúcifer, vemos que ele era um anjo da luz, mas a sua soberba o levou ao inferno, por isso nenhum demônio que sofre tanto quanto Lúcifer, quem tem maior ódio sofre mais do que todos. Já Maria foi feita pequena, um nada, humana, não era anjo, a sua natureza, comprada com os anjos, era desprezível, mas ela se despojou tanto de si que até os anjos ficam admirados por ela. Ela é o oposto de Satanás. Os dois foram criados por Deus, mas com destinos diferentes. Maria é a toda cheia de graça. Nesta vida, precisamos escolher entre sermos filhos de Maria ou de Satanás.

Transcrição e Adaptação: Luana Oliveira

 

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