Desde os primeiros anos de minha caminhada, o padre Jonas [fundador da Canção Nova] disse para mim e para Salomé: “Se vocês quiserem vir para a Canção Nova, vocês estão prontos”. Mas, ao longo dos anos, fomos percebendo que estava surgindo um novo carisma: a Obra de Maria. Hoje, somos mais de dois mil missionários por todo mundo e em pouco tempo.
Gostaria de meditar o texto de João 19,25-27: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”.
Esse texto fala de alguém que está partindo, que está morrendo. Quando uma pessoa sabe que vai morrer, ela se preocupa com aqueles que está deixando, pensa com quem vai deixar sua herança. Na pregação de ontem, Salomé disse algo que eu gostaria de reforçar hoje. Nossa Senhora não tira o lugar de Jesus; pelo contrário, ela sempre nos aponta seu Filho. Ele, por sua vez, também nos aponta Maria como uma herança, como a Mãe que cuida de seus filhos.
Eu gostaria de testemunhar que todo o carisma que está em nós, tudo o que escutamos e fizemos, até hoje, é obra de Nossa Senhora. Foi ela quem tudo fez. Nesses anos [da Obra de Maria], eu reconheço que me sinto frágil, uma criança, um bebezinho nas mãos de Nossa Senhora; por isso precisei e preciso contar com ela sempre.
Deus quis precisar da Virgem Maria para cumprir o plano de salvação. Se Ele quis precisar dela, quem sou eu para não precisar dela em tudo? O Senhor não entregou Jesus, Seu Filho, a uma “mulher qualquer”. Lembre-se de que nós cantamos: “Uma entre todas foi a escolhida”. No momento em que Jesus entrega o discípulo amado a Santíssima Virgem Maria, Ele está entregando toda a humanidade. Ela é a Mãe de todos nós.
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Quero também dar um testemunho sobre a medalha que é símbolo da Comunidade Obra de Maria e explicar o porquê do tema: “Eis aí a tua Mãe”.
Transcrição e adaptação: Daniel Machado