A vigilância que o Senhor se refere é um desafio de gigantes
O verbo mencionado na Liturgia de hoje é: “vigiar”, mas não é vigiar a vida do vizinho. É ter olhos grandes para olhar para dentro e não para fora.
O primeiro passo da vigilância é olhar-se por dentro, é jogar o olhar no interior e perceber onde está a raiz daquilo que nos faz pecar muito. Não há outra forma de crescer na esperança, não conseguiremos caminhar nela se não tivermos o hábito de olhar no interior.
A nossa rotina está cheia de compromissos, e somos jogados para fora o tempo inteiro. Estamos voltados para fora o tempo todo.
Quando o WhatsApp sai fora do ar, é como se nós perdêssemos um rim. Estamos todos habituados a viver para fora. Quando digo “viver para fora” refiro-me ao exterior, pois não vivemos o que está dentro de nós.
Há pessoas que são especialistas em nos jogar para dentro. A vigilância que o Senhor se refere, aparece para nós como um desafio de gigantes. Somos chamados a viver uma vigilância que percebe a origem dos pecados.
O Cristianismo é um mecanismo diário para buscarmos o que nos fortalece e o que nos enfraquece. Busquemos as coisas que nos fortalecem.
Hoje em dia, as pessoas vão atrás do último discurso, estão como que desconhecidas, mas não pelos outros, e sim por elas mesmas.
Não adianta alimentarmos o corpo, se dentro de nós há um parasita, roubando todos os nossos nutrientes. Os vermes, num primeiro momento, não têm o poder de matar ninguém, mas espere ele crescer para ver o estrago.
Não é possível ser cristão sendo indiferente a semente do mal em nossa vida, não dá para seguir a vida cristã se não tivermos a coragem de retirar essa força do mal de nós. Se nos depararmos com o diabo por aí, sairemos correndo.
Não podemos admitir, em hipótese alguma, que é possível ser cristão falando mal do outro, criando intrigas. Porque quando fazemos intrigas, afastamos de nós a volta de Jesus.
A vigilância que o Senhor nos pede é concreta, se pararmos de falar mal do outro, estamos praticando de forma eficaz essa vigilância.
Estamos deixando de vigiar nas pequenas coisas, estamos adiando a vinda de Jesus, devido a nossa falta de disciplina.
Retome esse autoridade que o Cristiano lhe dá.
Quando somos verdadeiramente quem somos, quando admitimos que estamos cheios de comportamentos e pessoas que estamos minando coisas ruins em nós, devemos pedir ajuda.
Muitas pessoas estão se afogando nessa enxurrada da vida moderna. Precisamos ter coragem de ir ver onde está a causa das coisas.
Reconheça essa força do Senhor que há em você, não morra sem saber do que você pode e estenda a sua mão aqueles que estão morrendo, porque se acostumaram com o diabo.
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Transcrição e adaptação: Karina Silva