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Acalme a agitação, caia em si

Quando estamos vivendo uma vida desregrada e agitada, temos de parar nossa agitação para ouvir Deus

Acalme a agitação, caia em si

Emanuel Stênio prega no PHN 2016. Foto:Wesley Almeida/cancaonova.com

Nós jovens gostamos de ser rebeldes, mas ficamos desorientados. Como São Paulo diz em Tt 3,3-4: “Porque também nós outrora éramos insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie, vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos outros. Mas um dia apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens.

Em Lucas, Jesus conta as três parábolas da misericórdia e nos mostra como Deus nos ama tanto. Na parábola do Filho Pródigo, Jesus nos mostra que somos filhos de Deus, amados por Ele e especiais para Ele. Por mais que tenhamos passado por tantas situações e sofrimentos, temos de nos convencer de que somos filhos de Deus.

Na passagem, vemos que o filho pede ao pai parte de sua herança. Essa atitude é um grito de independência e liberdade. O pai dá a herança ao filho e este vai embora. Mas por que aquele pai deixou seu filho ir? Por que Deus nos deixa fazer o que queremos? O Senhor permite que isso aconteça, porque sabe tirar o bem do mal, e usa o mal como matéria de salvação.

Aquele jovem, ao partir para um lugar distante, esqueceu-se de Deus, quis ficar longe do Pai. Quando entramos no pecado, também vamos nos esquecendo do Senhor. Escolhemos o que queremos, e não queremos mais saber da casa do Pai. No meio da bagunça, não nos lembramos d’Ele, até chegar a fome.

Aquele jovem, assim como nós fazemos às vezes, gastou tudo e esbanjou. Viveu uma vida desenfreada, procurando a felicidade, mas só achou prazer, e prazer passa. Por isso, temos de nos dominar, colocar limites para nos controlar.

Depois que esbanjou tudo, chegou uma grande fome na região e ele começou a passar necessidade. E tudo aquilo que era liberdade virou escravidão. A fome estava longe da casa do Pai, mas quanto mais nos afastamos da casa d’Ele, mais ficamos perto das dificuldades.

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Aquele que saiu de casa deixou de trabalhar com o Pai para ter, no fim, de servir aos seus pecados. Alimentar os porcos é viver essa vida desenfreada e servir o pecado. O prazer não nos alimenta e não nos satisfaz; acabamos invejando os pecados antes de nos convertermos, mas cabe a cada um de nós decidir se iremos transformar a queda em uma experiência ou em uma decepção.

Acalmar para nos separar do pecado

Temos de nos acalmar, pois, se continuarmos na agitação, nunca vamos conseguir nos separar do pecado. No mundo hoje, tudo é barulho; temos medo de parar e ouvir Deus. Nessa hora, é preciso acalmar e tranquilizar.

Acalme a agitação, caia em si

“Acalmar para nos separar do pecado”. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Quando nos acalmamos, conseguimos ver que nós não estamos tão juntos ao pecado. Estamos sujos sim, mas vemos que não é impossível nos libertarmos com a ajuda de Jesus.

Deus, por amor a nós e por misericórdia, vem a nós e nos salva. Não no nosso mérito, mas pelo amor d’Ele. O Senhor faz com que nós voltemos para Ele. Cair em si, parar e nos acalmar. Começamos a viver a purificação, para que façamos uma festa e nos encontremos com Deus, a felicidade que nunca passa. É preciso acalmar, cessar toda agitação. Voltar para Deus, porque o melhor lugar do mundo é onde Ele está.

Transcrição e adaptação: João Paulo dos Santos

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