Nós estamos tão envolvidos com as coisas externas que nos perdemos da essência. Nós precisamos voltar na raiz do que somos e lembrarmos do que éramos e do que somos, assim, descobriremos para onde devemos ir.
A proposta deste PHN nos chama a nos revestirmos da armadura, ou seja, a colocar por cima de tudo, pois não podemos ir sem a armadura para uma batalha. Todo esse encontro é para quem está sentindo-se fragilizado, querendo desistir; ou esteja abalado pela tentação do demônio que nos faz ter um comportamento de derrota. Desse modo, nos apresentamos a Deus sem termos o espírito de ousadia.
Com as sandálias nos pés e a ousadia do Espírito Santo saiamos para anunciar o Evangelho de Deus
A fé e a ousadia nos fazem acreditar no impossível, mas o mundo quer fazer da nossa geração aquela que deseja o milagre, mas não quer o impossível; quer a cura sem passar pela dor. Porém, não existe vitória sem luta, não existe ressurreição sem cruz.
Precisamos da força do alto para suportar todas essas provações. O capacete da salvação e da armadura de Deus para irmos à batalha, pois se formos à luta sem preparo, perderemos.
Se estamos passando pela dor, quer dizer que a vitória está chegando. É como quando caíamos de bicicleta e nos ralamos, então nossos pais lavavam o machucado e doía mais; passava remédio e doía mais, mas sem eles a cura não viria. A cruz de hoje é a ressurreição de amanhã e vem do Alto.
Assim, para enfrentarmos essas batalhas até chegar à vitória, temos de estar bem preparados e protegidos. A armadura de Deus nos serve para que possamos resistir a todas as ciladas.
Em Efésios 6,10-15, vemos:
|”Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.”
Depois de revestidos e de ter vencido a luta, Deus tem um chamado para nós, que é o de anunciar o Evangelho da Paz. Assim, nós temos de fazer como os guerreiros antigos e calçar os nosso pés para ir anunciar.
Antigamente, os soldados caminhavam muito por solos de diversos tipos, assim sendo, eles precisavam de um calçado que os protegesse, além de dar firmeza aos seus pés.
Assim, nós temos de pensar qual tem sido o nosso calçado para anunciar o Evangelho, o que tem nos protegido e nos dado firmeza para anunciar a Salvação. Pensemos em Maria que sempre esteve de prontidão e, quando foi chamada pelo anjo, respondeu a ele; “Faça-se em mim segundo a Sua vontade”; calçou a sua sandália e foi anunciar à sua prima Isabel.
Deus tem plano para nós
É assim: Deus primeiro faz em nós, realiza em nós para depois fazer por meio de nós. Ele tem um plano de vida e salvação em nós e por meio de nós mesmos.
A partir do chamado para calçar as sandálias do anúncio, da prontidão, vem uma palavra que nos dói muito, que é a renúncia. Quando optamos por uma escolha, fazemos várias renúncias, assim também é com Deus.
Quando o Senhor chama, Ele não dá o caminho, e sim as condições por meio das nossas renúncias, desse modo, quando maior as renúncias, maior o obra que o Senhor irá fazer, usando, para isso, usará cada um de nós.
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Chamado e renúncia caminham juntos e, a partir do momento que Ele nos chama, também nos pede ousadia. Se pensarmos na história, vemos que todos aqueles que Deus chamou, Ele deu uma dose redobrada de ousadia por meio do Espírito Santo, isto é, tiveram ousadia para ir além.
Calcemos as sandálias da prontidão para anunciar o Evangelho da paz e nos tornaremos embaixadores de Cristo.
Transcrição e adaptação: João Paulo dos Santos.