Meus irmãos, somos chamados a fazer escolhas definitivas, a vivermos na vontade de Deus. Somos chamados a ser guerreiros, e o guerreiro precisa viver da oração e da fé, ele precisa estar de joelhos diante do seu Senhor. Que a fé mova os nossos corações!
É no Alto que está a nossa força! Olhando para o Céu, diga: “Eu confio no Senhor!”. Eu e você só podemos ir além, porque confiamos no Senhor Jesus.
A proposta do PHN, neste ano, é um chamado à santidade. Estamos no Centro de Evangelização que, durante este evento, recebeu o nome de “Arena Medieval”, ou seja, somos chamados ao “campo de batalha”, a enfrentar o combate da vida. A santidade não é algo estático, mas dinâmico. É necessário luta! Uma luta pela santidade a cada dia.
Hoje de manhã, eu preguei no Santuário do Pai das Misericórdias. Ali, eu falava sobre a parábola do filho pródigo. Veja: no Evangelho segundo São Lucas, capítulo 15, é revelado a nós o verdadeiro amor de Deus, desse Pai que se alegra com cada filho que volta, que cai em si e retorna à casa paterna.
Somos guerreiros sustentados pelo amor do Pai
Somos sustentados nesse combate pelo Pai que nos ama. E todo guerreiro, na luta pela santidade, precisa dessas duas virtudes: magnanimidade e humildade, ou seja, cultivar uma alma grande, uma alma que confia plenamente em Deus, mas que, ao mesmo tempo, é uma alma capaz de se reconhecer pequena, necessitada, totalmente dependente de Deus.
Trazer em si a magnanimidade e a humildade nos leva a perceber o exemplo dos santos da nossa Igreja. Meu nome é Alexandra Joana. Sabia? Trago em mim o nome de uma grande santa católica: Santa Joana D’Arc, uma mulher que viveu num tempo de grandes combates durante a Idade Média. Ela teve a coragem de se assumir como uma mulher de Deus. E, por causa disso, ela mudou a história da França. Veja o que Deus pode fazer por meio de uma alma cheia de santidade, cheia da força do Espírito Santo.
Estar com a alma em Deus é estar tomado pela Verdade. E é assim que os guerreiros devem agir. Homens e mulheres que acreditavam em Deus e, porque tinham fé, eles eram felizes. Os santos não viviam de ilusão, mas da Verdade do Evangelho.
A santidade exige fidelidade
Ser santo é muito mais do que cumprir os Dez Mandamentos. A santidade tem a ver com uma entrega generosa a Deus. E nessa entrega, conseguimos ir além, muito além! Veja o exemplo de São Francisco de Assis: Que alma grande! Como ele era feliz! Num momento de êxtase, São Francisco disse: “Deus existe e isso basta!”.
O nosso mundo contemporâneo precisa de fé. Em Hebreus 10, a Palavra de Deus vai nos trazer algo que todo o guerreiro precisa abraçar em sua vida: a fidelidade. Aqueles santos, aqueles homens e mulheres de Deus na Idade Média, buscavam ser fiéis a Deus.
No tempo de Santa Joana D’Arc, a Igreja estava passando por um momento muito difícil. E um anjo apareceu para essa menina, que tinha apenas 13 anos de idade na época. E ela aceita esse chamado à santidade. Santa Joana era analfabeta, mas, a partir da sua vida de virtude e pureza, ela transformou a história de toda uma nação. Com seu exemplo, aprendemos que uma alma cheia de Deus, cheia de coragem e fé, torna-se um instrumento poderoso nas mãos do Senhor.
A minha luta, a sua luta, a luta de cada um de nós não é apenas contra os vícios, contra os prazeres da carne, mas é uma luta espiritual. A nossa luta é contra os espíritos malignos. E como eu me alegro por ver você aqui nesse PHN! Porque isso é um sinal de que você está lutando também. Você também quer cultivar essa alma grande e virtuosa. E não precisamos ter medo, pois o Senhor luta conosco, qual guerreiro invencível.
Deus conta com você para esses tempos difíceis que estamos vivendo, a exemplo do que aconteceu no tempo de Santa Joana D’Arc. No tempo dela, havia dois “antipapas”. No nosso tempo atual, existem corporações, grupos que trabalham para destruir a fé cristã. Não podemos desistir da luta pela santidade! Não desanime, meu irmão!
A porta do Céu se abriu para meu pai
Minha história foi marcada pela vontade de cometer suicídio na adolescência. Minha família era toda desestruturada, e eu tinha um ódio mortal do meu pai. Minha mãe já havia falecido, ela foi assassinada pelo meu pai com um tiro na cabeça. Essa era a minha vida, até que uma amiga me convidou a um grupo de oração, e ali, pela primeira vez, eu ouvi sobre o amor de Deus. E a partir disso, a minha vida mudou!
Deus nos forma nas batalhas da vida. Pais e mães, não facilitem a vida dos seus filhos! Filhos, não fiquem revoltados com seus pais; compreendam que Deus forma os seus verdadeiros guerreiros nos sofrimentos, nas lutas que a vida nos proporciona.
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As virtudes de um guerreiro surgem na própria história de vida. Foi num contexto familiar tão doloroso como esse que Deus me achou. E foi por causa do amor de Deus que eu consegui perdoar ao meu pai, um homem que viveu na bebida, na prostituição, na farra, e que havia assassinado minha mãe. Eu disse para Deus: “Senhor, se Tu me queres livre, dai-me a graça de perdoar ao meu pai, pois não quero continuar escravizada por esse ódio tão grande que sinto dele”. E Deus me visitou. Ele me deu a virtude da coragem. Fui capaz de perdoar a meu pai. Olhando nos olhos dele, eu disse: “Eu te perdoo, meu pai, por ter assassinado a minha mãe”. E naquele momento, a porta do Céu também se abriu para o meu pai.
A partir daquele perdão, meu pai mudou de vida. Ele até veio conhecer a Canção Nova. Conheceu Monsenhor Jonas, Padre José Augusto, tirou foto com o Dunga etc. Depois disso, ele foi diagnosticado com um câncer. Meu pai morreu nos meus braços. E antes de ele morrer, eu dei um beijo na sua testa e lhe disse: “Apesar de tudo, eu te amo!”. E assim o meu pai ganhou a eternidade no Céu.
A vida é assim, meus irmãos! Somos formados nas batalhas da vida. O Senhor, que visitou Santa Joana D’Arc, visitou a mim, Alexandra Joana. Hoje, Ele também visita você para transformar a sua vida. Coragem! Apesar das lutas, somos felizes, porque Deus nos ama e nos dá a certeza da vitória.
Transcrição e adaptação: Alexandre Oliveira