Quero louvar a Deus pela graça dos carismas.
Quando falamos em carisma lembramos de I Coríntios 12:
“4. Há diversidade de dons, mas um só Espírito. 5. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. 6. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. 7. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. 8. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; 9. a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; 10. a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. 11. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz.”
Há uma intenção nesse encontro: a de reavivar a Graça dos carismas.
No meu coração, enquanto preparava essa pregação, eu ficava com a palavra Graça.
Jesus não olha o que a gente merece, mas o que precisamos. Isso é Graça. Tomemos posse da Graça.
Quem não for “amigo” da Graça de Deus está perdendo muito.
Quero contar um testemunho: Uma mulher visitando um presídio, chamou atenção de um sacerdote por dar atenção e carinho a um dos jovens que estava preso. E quando todos questionavam se era a mãe daquele preso, o padre foi surpreendido ao saber que essa mulher era a mãe do jovem que ele matou.
Isso é Graça! E Graça não se trata de merecimento.
Eu trago isso pra entendermos que o que Deus nos concede enquanto carisma é Graça. Quem não é curado e libertado pela graça não está pronto para servir ao Senhor.
A graça dos carismas… é graça!
Um outro testemunho: Minha comunidade foi chamada para um grande desafio. Deus nos pediu para acolher dentro da comunidade pessoas para morar conosco e cuidarmos delas.
Foi um discernimento difícil porque, enquanto comunidade de vida, já temos famílias e já moramos juntos, mas foi um pedido de Deus e nós assim o fizemos.
É pura Graça! É isso que me fortalece na caminhada: a Graça.
Somente quem experimenta a Graça é que pode viver pela Graça.
As Novas Comunidades, nós, precisamos experimentar a força da Graça .
“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e a graça que ele me deu não tem sido inútil. Ao contrário, tenho trabalhado mais do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo”. (I Coríntios 15,10) Sendo assim, eu não tenho direito de dizer “não” para a missão, porque fazemos o que fazemos por Graça de Deus. Tomemos o Evangelho do Bom samaritano: “30. Jesus então contou: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto. 31. Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante. 32. Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante. 33. Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão. 34. Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele. 35. No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei. 36. Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?”
Seja você o próximo de quem se encontra “caído”. A CNBB, em suas diretrizes geral, nos traz 2 palavras: alteridade e gratuidade.
Alteridade. Todos são meus irmãos, independente até do que creem, todos são meus irmãos.
Gratuidade. A Gratuidade do serviço.
O documento “Caridade na verdade de bento XVI” nos atenta quanto a gratuidade. São palavras do Papa: “Hoje é preciso afirmar que sem a gratuidade não consegue nem se realizar a justiça”. As atitudes de alteridade e gratuidade marcam a vida do discípulo. As coloquemos em prática.