Missa é o drama do Calvário “E expulsou-o(homem); e colocou ao oriente do jardim do Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gênesis 3, 24).
Quando contemplamos a consagração do Corpo e Sangue do Senhor, entramos no drama do Calvário. Neste mundo contemporâneo onde todo espírito de sacrifício é renegado, por isso escutamos que a Missa é o sacrifício de Cristo, um ato profundo do amor de Deus que sofre por nós.
Algumas pessoas dizem que Deus não podia sofrer tanto, como naquele sacrifício da cruz dizem que era um sacrifício aparente, que era impossível Jesus se dar e se consumir em sacrifício. Você crê que Deus é alimento e sacramento? Ele se humilhou tanto que é comida para a sua salvação. São Padre Pio correu para o paraíso, assim como está na Palavra, o homem perdeu o acesso da árvore da vida, mas quem abre é o Senhor Jesus.
Os querubins vão ao encontro da árvore da vida. Eles adoram o sacrifício do Senhor. Padre Pio teve um lema na sua consagração: “Senhor, contigo eu seja para o mundo caminho, verdade e vida; e para ti sacerdote santo e vítima perfeita”, 10 de agosto de 1910.
A Santa Missa é o mistério mais perseguido, toda banalização quer cair sobre a ela. Na catequese atual as pessoas não vêm o ‘drama do Calvário’. João Paulo II nos diz que “a Santa Missa é o drama do Calvário”. O amor de Deus é tão maravilhoso que podemos ir ao Calvário e ver Deus no mistério de Jesus. Padre Pio fez isso de uma forma muito profunda. O sentimento de pertença no mistério do Senhor, o desejo de dar a vida. Há uma experiência profunda na celebração da Santa Missa, nós sacerdotes somos conscientes de nossas limitações. Como um sacerdote tem a graça de trazer por 50 anos os estigmas do Senhor? O Padre Pio teve esta graça.
Vocês acreditam que Deus é sacramento? Porque hoje há este sentimento insensível de Jesus no Sacramento, essa ingratidão. Pensamos em nossos problemas e por qualquer motivo abandonamos o Senhor, perdemos aquele desejo, aquela comoção em poder lembrar de Jesus no sacramento; por isso logo pela manhã, o Padre Pio ia ao encontro do Senhor na Santa Missa, pelo desejo do Senhor, ele queria Deus como alimento.
O Pão da Vida é verdadeira comida, pois Deus é vida. Temos que ter em nossa alma o desejo de comungar todos os dias. Cuidado para não se perder e a Missa ficar só um pouco importante. O mistério é como uma espada que entra em nossa alma, e é levada no ímpeto divino, e com isso estamos nos abrindo ao paraíso.
Na Santa Missa vamos ao encontro pessoal com Deus, que é muito mais que um rito, é o encontro pessoal com Jesus no Sacramento. Quando comungava Padre Pio escreveu que muitas coisas teria para dizer, mas faltavam palavras, dizia somente que as batidas do seu coração eram mais fortes quando encontrava com o Santíssimo Sacramento. Hoje nós sofremos na alma pela insensibilidade dos outros que não comungam direito.
Dentro do carisma da Toca de Assis, se não adorarmos a Deus de joelhos com o olhar fixo no Senhor, não é adoração. É o que determina o carisma do alto, o nosso carisma. Nós vamos passar e o carisma ficará. É ficar de joelhos e não sentado. Esse coração batendo forte na alma quando comungamos. É verdade, pois até a ciência comprova isso, nossa emoção e nossos sentimentos, nós queremos Deus e precisamos do Senhor.
Nós temos vergonha de até fazer um sinal da cruz diante dos outros, isso não pode acontecer, não podemos ter respeito humano. O amor é vazio se não adoramos. As Missas celebradas, infelizmente, estão sendo celebradas de modo superficial; e quando queremos fazer do jeito certo nos causa perseguição.
A fé católica é clara: cremos ou não. Os documentos da Igreja nos falam que a Missa é o sacrifício do Senhor. Deseje e seja pronto em querer e amar a Deus e a Igreja, como São Pio amou.
Vivamos no véu do Sacramento. Católicos, a Missa é as núpcias do Cordeiro, a união do seu coração com o coração do Senhor. O sacerdote faz nascer Jesus no Sacramento, as mãos dos sacerdotes são como o útero da Virgem Maria que fazemos nascer neste mundo, Jesus.
Corram para este paraíso. “E expulsou-o (homem); e colocou ao oriente do jardim do Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida”(Gênesis 3, 24). Este caminho está aberto, comungue a Jesus.
Transcrição: Eliziane Alves
(12) 3186-2600
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