“No tocante ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que vem da Lei, irrepreensível. Mas essas coisas, que eram ganhos para mim, considerei-as prejuízo por causa de Cristo. Mais que isso, julgo que tudo é prejuízo diante deste bem supremo que é o conhecimento do Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele, perdi tudo e considero tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele. E isto, não com a minha justiça que vem da Lei, mas com a justiça que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, com base na fé. É assim que eu conheço Cristo, a força da sua Ressurreição e a comunhão com os seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na sua morte, para ver se chego até a Ressurreição dentre os mortos. Não que eu já tenha recebido tudo isso, ou já me tenha tornado perfeito. Mas continuo correndo para alcançá-lo, visto que eu mesmo fui alcançado pelo Cristo Jesus”.
Todos nós precisamos dessa experiência com Jesus: na força da Sua ressurreição e no sofrimento. Como podemos nos tornar semelhante a Cristo na Sua Morte? São Paulo era perseguidor da Igreja. Se vermos, em Atos dos Apóstolos, a conversão deste santo está descrita três vezes. Ele ia para Damasco prender os cristãos e jogá-los na masmorra. No caminho para essa cidade uma luz entrou em sua frente e Jesus disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues”.
Veja a experiência de São Paulo ao encontrar o Senhor no caminho de Damasco. Quando ele conseguiu ver naqueles cristãos maltratatados por ele uma semelhança com Cristo – que morreu na cruz perseguido –, começou sua conversão. Precisamos encontrar esta porta, esta estrada para seguir Jesus.
A conversão verdadeira é quando você encontra Cristo e descobre Seu corpo, que é a Igreja. O Senhor não é uma pessoa do passado, Ele está presente entre nós. Quer se converter? Encontre Jesus nas realidades da Igreja. Quem segue Cristo se torna semelhante a Ele na morte. Não dá para amar Cristo pela metade, não dá para amar só a cabeça, precisa amar o corpo inteiro, que é a Igreja.
Aí você pode dizer: “Mas a Igreja é pecadora, padre?” Sim, ela é conduzida por nós, humanos, que somos seres pecadores. Mas ela é guiada por algo divino, que é Deus. Veja em I Coríntios 10, 13-17:
“Não tendes sido provados além do que é humanamente suportável. Deus é fiel, e não permitirá que sejais provados acima de vossas forças. Pelo contrário, junto com a provação ele providenciará o bom êxito, para que possais suportá-la. Por isso, meus caríssimos, fugi da idolatria. Eu vos falo como a pessoas esclarecidas. Ponderai vós mesmos o que eu digo: O cálice da bênção, que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Porque há um só pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão”.
O Corpo de Cristo é a Igreja. Falta-nos a coragem de São Paulo para assumirmos que somos católicos. Muita gente pensa que, porque é minoria, tem de ficar quieto. Se tem um lugar que não existem católicos, aí que você precisa evangelizar mesmo.
Hoje em dia, todo o mundo tem medo de pregar o Evangelho e usa a desculpa de que quer respeitar a opção da pessoa. Quando você é perseguido por causa de Jesus, não é mais você o humilhado, mas o próprio Senhor. Isso é motivo de orgulho para nós, estamos fazendo o Pai ser conhecido.
Se nós podemos, devemos dar o melhor para a Eucaristia. Não podemos comungar por comungar, participar da Missa por obrigação. Precisamos nos oferecer junto com Cristo a Deus. Quando você estiver sendo perseguido, lembre-se de que Jesus está voltando e que seu lugar no céu será garantido se ficar firme n'Ele.
Transcrição e adaptação: Ariane Fonseca
(12) 3186 2600
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