Chegamos em um momento onde temos que mostrar a nossa identidade, e isso é saber de onde viemos. Muito mais do que mostrar o documento, como um papel, mas mostrar-se com a sua palavra, a sua identidade. Ela é muito mais do que um documento, é um ‘registro da alma’. A Igreja sobrevive por causa desta identidade, nós trazemos as marcas do Ressuscitado. As pessoas precisam reconhecer em nossa alma que somos cristãos.
A nossa fé não está fundamentada no sepulcro vazio, mas na fé no Ressuscitado, no testemunho da ressurreição de Cristo.
Quando os discípulos voltaram do Calvário, na decepção da morte de Cristo foram para a pescaria. E em alto mar começam a olhar um para o outro e identificam que não são mais os mesmos. João, esse homem que tinha um temperamento insuportável antes do encontro com Jesus, tornou-se um novo João. Assim como Tiago, Pedro e todos os discípulos. Quantas transformações aconteceram neles e quando se reencontraram com Jesus!
Mas na tentativa de voltar a terem a mesma vida, perceberam que não podiam ser os mesmos pecadores de antes, e olhando para João, viram ‘um novo João’, e com essa experiência puderam perceber que Jesus continuava vivo dentro dele, “Ele está no meio de nós”. O mesmo aconteceu com Tiago, Pedro e todos os discípulos. Não temos como ‘não’ acreditar que Jesus está vivo em nossa identidade transformada por Jesus. O homem da pedra, Pedro, não era simplesmente um pescador , mas o apóstolo de Jesus, que não era somente o homem das águas mas a ‘pedra’, e sobre esta pedra Jesus edificou a nossa Igreja.
A água vai trazer a purificação, mas a pedra é a segurança da fé, e isso é porque experimentamos dentro de nós. Não somos a mesma mulher e o mesmo homem. Você é filho do céu!
Não faça da fé uma atitude exterior. Estabelecendo a mesma pedra que estabeleceu em Pedro, como a pedra fundamental, Jesus quer estabelecer a fé dentro de você. No momento em que você decidir ‘ser de Cristo’, e não perfeito, mas humano, cheio de defeitos, a fé se estabelecerá em você. Perfeição, em grego significa que não há mais alterações, mas somos homens e mulheres em constante alteração e não podendo ser perfeitos. O bom restaurador é aquele que retorna a origem, volta no mais puro do seu coração, o puro que com o mundo deixou-se perder e maculou o que era imaculado. Mesmo com o pecado original a partir do seu batismo, uma nova identidade lhe foi dada. E Deus lhe disse: Seja meu filho, dê testemunho de mim.
Se um dia alguém lhe perguntar o que você é, diga: ‘sou filho do céu’. Isso já é um grande motivo para ser respeitado, e onde você pisar, vai ser um solo santo.
Queira a originalidade, a qual não tem como negar a Ressurreição de Cristo. O cristianismo sobrevive dos nossos corações e das nossas decisões de ser verdadeiros cristãos. A Canção Nova sobrevive pela evangelização de todos.
Estar na dinâmica do Ressuscitado é oferecer o melhor de Deus a você. Todos nós podemos oferecer a oração, a gratuidade de estender a mão e também voar através da Canção Nova para levar o Ressuscitado pelos ares deste mundo. No símbolo da Canção Nova, acreditando no símbolo do Ressuscitado, na união com a Igreja, propondo um novo mundo. Vamos fazer o estado de Minas Gerais ainda mais fervoroso, testemunhando Jesus, para atingir a todos. Para que nos momentos de sua dor você se recorde de quem você é.
As pessoas que nos recordam o que somos são aquelas que sopram em nosso ouvido: “coragem”. Desafiem–se, olhe a identidade do seu coração, você não nasceu para sofrer.
Todo aquele que se assumir como homem de poder, Deus o capacita, porque podemos lutar contra tudo aquilo que nos derruba, mas Deus é que nos capacita. Na vida nada é fácil, mas ao soletrar com calma a Deus, aprendemos a soletrar a nossa vida, evangelizando para que as pessoas possam ajuntar a certeza de ser “Filho do Céu”, como testemunha viva da glória de Deus.
O verdadeiro amor é mais revelador do que muitas palavras. Benção é a palavra de bem-aventurança, é aquela que está encarrilhada no bem. O peso de uma palavra do bem em nossa vida, faz milagres. A Palavra do bem precisa ser pronunciada.
Deus verdadeiramente nos toca, para que Ele mude nossa história, extraindo e retirando algum mal, algum fruto de nossa história mal resolvido, para ser substituído por uma coisa boa. Deus se manifesta no silêncio. Quando oramos por alguém é a hora do milagre e você é o veículo condutor para que este milagre aconteça. Rezar é promover o bem!
‘Liberdade ainda que tardia’, assim como está na bandeira mineira, inspirada na Palavra, Jesus olha em nossos olhos e nos dá a boa noticia. Jesus nos diz que não importa que vivíamos na prisão, o que vale é a liberdade. Quando alguém louva, todas as correntes ficam livres assim como Paulo e Silas, quando estavam na prisão, e não foram só os dois que foram libertos pelo louvor, mas todos os que estavam presos foram libertos. Então hoje o Senhor não está libertando só você, mas a todos os quais você carrega no seu coração.
Esta liberdade está no testemunho dos valores daqueles que estão em nossa volta e que queremos ser iguais a eles, vivendo o mesmo valor. Neste valor do testemunho que nos atinge, Cristo que está nele nos contagia. Essa é a força que precisamos ter, a cada Eucaristia recebida, a cada Confissão. O cristianismo não é um conjunto de ritos, os quais todos eles são meios para a nossa libertação. Liberdade mesmo que tardia, mas que não importará o tempo que ficamos presos.
Deus está interessado no presente. O passado é a âncora de todas as condenações. A Igreja ganha mais um testemunho pelo seu testemunho de liberdade, porque o futuro é todo seu. O que importa é a sua liberdade hoje, pelo testemunho de Cristo.
Não perca o momento da graça! Que Deus coloque em você o poder da libertação.
Transcrição: Eliziane Alves