Olá internautas! Através da WebTV, eu, Dunga, quero levar o tema que vocês escolheram. E escolheram o meu preferido. O mundo: o céu e a terra.
O céu e os infernos te disputam neste tempo de carnaval. A verdade é exatamente essa, não só no tempo de carnaval, mas em todos os tempos. Onde a arte se confunde com o pecado e o pecado se confunde com a arte.
O diabo é um viciado em querer imitar o que Deus faz. Deus faz algo muito bonito e ele quer fazer caricatura daquilo, e faz tão bem parecido que muitas vezes nos engana.
Como por exemplo: Eu não posso negar que a beleza plástica do carnaval brasileiro é muito bonita, o desfile de escola de samba, as fantasias, aquela batucada com aqueles instrumentos é muito bonito. Tecnicamente falando, é maravilhoso de se ver.
Isso é um texto e todo texto está dentro de um contexto. Você também é lindo e maravilhoso e nós estamos dentro de um contexto. Vou explicar como isso funciona.
Você já tentou ler um texto sem pontuação, sem acentuação, sem vírgula, sem acento circunflexo, sem dois pontos, sem exclamação, sem ponto final? Fica meio sem sentido, começa a ler e não sabe para onde o escritor foi, se ele está afirmando, exclamando, interrogando. Mas quando colocamos as vírgulas, os pontos, enfim a acentuação, naquelas palavras e naquelas frases, pronto! Aquele texto começou a ter sentido. E assim é conosco, nossa vida começa a ter sentido. Já até cantamos: ‘Minha vida tem sentido, cada vez que eu venho aqui’.
O texto de nossa vida passou a ter um sentido. Ótimo. Porém, esse texto que é a nossa vida também tem um contexto familiar, profissional e sentimental. E nestes dias de carnaval se corre um grande perigo de perder de novo o sentido da vida, porque nós nos encontramos em um outro contexto, onde o inferno vai querer te penetrar misturando com a beleza plástica do carnaval, com situações concretas de pecado – pecado que nos leva à prostituição, à violência, à violência no trânsito, violência das facas e das balas, ao homossexualismo e à drogadição. São os contextos ou o contexto onde nossa vida passa a ser inserida por uns quatro ou cinco dias de carnaval.
Quem está em Deus só ganha. Ganha graça sobre graça, apesar de todas as tribulações, agitações, as doenças, os desempregos, as dificuldades. Quem está em Deus só vai somando graças, somando experiências, realizações, pessoas, amizades, e vai somando gratidão, realizações comunitárias, e vamos somando e somando durante o ano. E quando chegamos neste período, corremos o grave risco de perder tudo o que juntamos e recebemos de Deus.
A Palavra de Deus nos traz um versículo muito importante: Romanos 8,8 muito conhecido entre nós: ‘Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus’. E o que nós vemos no carnaval são pessoas que estão vivendo dias de carne. Você sabia que o carnaval era uma festa cristã? Onde ‘carnevale’ quer dizer ‘vale comer carne’?
Os primeiros cristãos que iriam adentrar o período de 40 dias sem comer carne, relembrando os 40 anos no deserto, faziam uma festa, onde valia à pena porque ficariam 40 dias seguintes sem comer carne. Uma festa antiguíssima.
Os não cristãos, invejosos, começaram a criar uma nova festa. Não uma festa que precedia um período de penitência e sim uma festa qualquer onde o ‘carnavale’ começou a ser secularizada.
Aqui na Canção Nova nós temos o nosso carnaval, onde há três dias estamos em um grande encontro maravilhoso, com pregadores, shows, bandas, onde vale comer carne. Divertimos-nos muito para que depois possamos parar e fazer nosso período de penitência, de Quaresma, onde iremos fazer nosso jejum.
Estamos fazendo nossa verdadeira festa do ‘carnavale’, e o mundo não está se preparando para viver um momento rico da Igreja, como nós estamos vivendo.
Estão nessa beleza plástica, gastando dinheiro com os desfiles das escolas de samba. Quantas pessoas passam fome e nem têm dinheiro para estudar, mas estão nas escolas de samba? Gastam o que não podem para que em algumas horas, vivendo essa beleza do carnaval de rua, passem na avenida, e literalmente, passam horas de ‘glamour’, de alegria que irão se transformar em bebedeira, drogadição e prostituição, por que ali naquele ambiente, o Diabo – ‘diabulus’ – o divisor, quer separá-los. Cada um daqueles filhos e filhas de Deus, muitos até batizados pelo Espírito Santo de Deus, querendo separá-los de um contexto, que nós aqui na Canção Nova, e você que fez um retiro de carnaval, estamos vivendo.
Quem não causa felicidade causa tristeza. E uma vez que esses filhos do Espírito Santo se afastam desta vida, deste clima maravilhoso de oração, iniciam ali uma vida inteira de pecado, onde muitos se prostituem pela primeira vez, usam drogas, morrem por uma situação violenta, engravidam e depois abortam, adquirem o vírus HIV. Percebemos que essas pessoas que se afastam de Deus e pela beleza plástica, pela alegria passageira, muito bem embrulhada – mas o que está dentro é uma bomba – acabam se desviando pelo resto de suas vidas. É uma literal disputa entre o bem e o mal por mim e por você.
O inferno está interessado em você e o Céu também meu irmão.
Cabe a nós decidirmos para que lado vamos pender. A quem nós iremos ouvir: a Deus ou ao seu inimigo, o Diabo?
E para falar a verdade nós sabemos discernir o que é melhor para nós. Nós temos inteligência, sabedoria que é dom de Deus, temos a malícia, essa esperteza para fazermos o bom discernimento do que é bom e ruim para nós, e às vezes aquela voz da consciência, que muitas vezes é a voz de Deus nos avisando para não fazer aquilo, ou isso.
Optamos por Deus, mas naquele momento ouvimos a voz de Deus e não damos atenção. Acabamos fazendo o que a carne nos pede, o décimo mandamento começa a ser infringido e a carne fica em evidência.
Você já foi a um açougue? E já comprou, por exemplo, um filé mignon. Você chega e pede ao balconista, e ele pede para você esperar um pouco, vai lá atrás na câmara fria e traz uma peça inteira. E você diz: ‘vou levar um pedaço’. E ele diz: ‘tem que levar a peça inteira ou não leva’.
A carne de ‘primeira’ estava lá escondida, guardada, e o que estava na vitrine era lingüiça, porco,bucho, carne moída. Ou seja, a carne exposta era a carne de ‘segunda’ e ‘terceira’. Isso é semelhante àquela Palavra:’Pudor, manter secreto aquilo que é precioso’. E o que mais vemos nesta época são filhos e filhas de Deus nus, nas propagandas de TV, mulheres templos do Espírito Santo de Deus, completamente nuas, exibindo uma carne.
Nós que somos cristãos, conscientes, radicais, temos raízes, temos a Eucaristia, Corpo e Sangue de Cristo. Nós fazemos a opção de louvar e adorar, de ouvir a voz do Senhor. Quantos carnavais anteriores você mesmo disse: ‘Comi o pão que o diabo amassou’. Mas quem faz a opção que eu e você fizemos diz: ‘Come o Pão que amassou o Diabo’. Alimentamos-nos de um Pão vivo, e para cada um de nós Deus tem um plano. E muitos não querem saber desse plano, que para alguns, ao longo desses dias se perdeu.
Agradeço a você internauta. Se você está conectado é porque foi escolhido de Deus. E quero partilhar essa Palavra que está em Romanos 8, 18 – 24: ‘Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada. Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Pois a criação foi sujeita à vaidade – não voluntariamente, mas por vontade daquele que a sujeitou – todavia com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia. Não só ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo. Porque pela esperança é que fomos salvos.’
A natureza, a criação anseia, espera ansiosamente pela revelação dos filhos de Deus, você é filho de Deus! Chegou a nossa hora! Você optou por Jesus Cristo e eu lhe desejo uma maravilhosa vida. Lembre-se: haverá sempre confrontos entre o bem e o mal.
Acorde e dê um bom dia ao Espírito Santo e diga: ‘O que iremos fazer hoje?’
Porque todos os dias são dias de escolhas. Tenha um dia de vencedor.