Como evangelizar nos dias de hoje

Dom Orani Tempesta
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
O Senhor nos dá uma Palavra, nesse dia nacional de oração pela Jornada Mundial da Juventude, que nos ilumina e nos coloca em um caminho que se faz necessário trilhar pela Igreja. Além da celebração da festa litúrgica de São Bento, um modelo de santidade para todos os cristãos.

O Papa Francisco tem insistido muito que a Igreja necessita ir longe, ir para a periferia e para os cantos do mundo anunciando o Evangelho. Claro que, começando pela família, pela comunidade na qual estamos, mas sempre abertos à missionaridade que é própria de todo cristão.

Nós sabemos que o verdadeiro discípulo, aquele que segue Cristo, é um missionário, pois onde quer que passe, assim como o próprio Jesus, anuncia o Reino de Deus e traz sopro de vida nova.

Hoje, essa obrigação se apresenta de várias formas, seja como os discípulos faziam, seja como a Canção Nova faz pelos meios de comunicação ou como muitos jovens fazem nas redes sociais.

Nós sabemos que, quanto mais estivermos presentes nas mais diversas realidades, anunciando o Reino de Deus, maior será a possibilidade de as pessoas terem acesso a essa Verdade.

Por isso, a Palavra de hoje nos coloca muito bem dentro daquilo que o Papa Francisco tem nos apresentado e o que diz o Documento de Aparecida, porque os jovens que têm um encontro pessoal com Deus são os mesmos enviados para promover o mesmo na vida de outras pessoas.

Em todos os lugares, nós temos visto que a mentalidade está mudando. Hoje, celebramos a memória de um santo que nasceu logo após a queda do Império Romano, onde toda uma organização política e social também caiu.

"Nossa resposta para missão deve ser: Eis me aqui!", diz Dom Orani
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

A Igreja precisou assumir um papel mais ativo no âmbito social justamente pelo falto de tudo estar desorganizado. A regra criada por São Bento, algum tempo depois, foi fundamental para apresentar uma resposta a essa realidade.

Hoje, a missão que nos é imposta acontece em um contexto muito semelhante ao de São Bento, mas com suas realidades próprias. Por isso, devemos nos perguntar: Qual será a nossa resposta diante disso?

Não podemos nos omitir, mas ser protagonistas para um mundo novo, tornando-nos agentes de transformação. Adaptar, como fez São Bento, construindo uma cultura onde esse mundo novo possa nascer.

Saber onde depositar nossa confiança é fundamental para que a evangelização aconteça de maneira efetiva, pois temos o costume de desanimar quando as coisas não saem de acordo com o que tínhamos planejado.  E evangelizar não é fazer a nossa vontade, mas sim levar almas para Deus.

Compreender que não fomos chamados por acaso é também compreender o papel que devemos exercer na realidade em que estamos inseridos. A nossa melhor resposta, diante desse chamado, deve ser: "Eis me aqui!".

 
Transcrição e adaptação: Gustavo Souza

↑ topo