O Papa Francisco tem insistido muito que a Igreja necessita ir longe, ir para a periferia e para os cantos do mundo anunciando o Evangelho. Claro que, começando pela família, pela comunidade na qual estamos, mas sempre abertos à missionaridade que é própria de todo cristão.
Nós sabemos que o verdadeiro discípulo, aquele que segue Cristo, é um missionário, pois onde quer que passe, assim como o próprio Jesus, anuncia o Reino de Deus e traz sopro de vida nova.
Hoje, essa obrigação se apresenta de várias formas, seja como os discípulos faziam, seja como a Canção Nova faz pelos meios de comunicação ou como muitos jovens fazem nas redes sociais.
Nós sabemos que, quanto mais estivermos presentes nas mais diversas realidades, anunciando o Reino de Deus, maior será a possibilidade de as pessoas terem acesso a essa Verdade.
Por isso, a Palavra de hoje nos coloca muito bem dentro daquilo que o Papa Francisco tem nos apresentado e o que diz o Documento de Aparecida, porque os jovens que têm um encontro pessoal com Deus são os mesmos enviados para promover o mesmo na vida de outras pessoas.
Em todos os lugares, nós temos visto que a mentalidade está mudando. Hoje, celebramos a memória de um santo que nasceu logo após a queda do Império Romano, onde toda uma organização política e social também caiu.
A Igreja precisou assumir um papel mais ativo no âmbito social justamente pelo falto de tudo estar desorganizado. A regra criada por São Bento, algum tempo depois, foi fundamental para apresentar uma resposta a essa realidade.
Hoje, a missão que nos é imposta acontece em um contexto muito semelhante ao de São Bento, mas com suas realidades próprias. Por isso, devemos nos perguntar: Qual será a nossa resposta diante disso?
Não podemos nos omitir, mas ser protagonistas para um mundo novo, tornando-nos agentes de transformação. Adaptar, como fez São Bento, construindo uma cultura onde esse mundo novo possa nascer.
Saber onde depositar nossa confiança é fundamental para que a evangelização aconteça de maneira efetiva, pois temos o costume de desanimar quando as coisas não saem de acordo com o que tínhamos planejado. E evangelizar não é fazer a nossa vontade, mas sim levar almas para Deus.
Compreender que não fomos chamados por acaso é também compreender o papel que devemos exercer na realidade em que estamos inseridos. A nossa melhor resposta, diante desse chamado, deve ser: "Eis me aqui!".