Nós, de fato, rezamos diante do Santíssimo Sacramento. Não temos muitas palavras a Lhe dizer, senão: “Eu Te adoro, ó Divindade Escondida”. É por isso que o Corpus Christi e o Santíssimo Sacramento são tão queridos do nosso povo, pois eles têm uma devoção enorme. Quanto mais profunda e simples nossa fé, mais profunda nossa admiração diante desse mistério do amor de Deus por nós.
Como é possível que Deus se faça tão pequeno? Ele já havia se feito homem, nós O víamos, podíamos tocá-Lo, mas isso não bastou para Deus, porque, ao ressuscitar e voltar ao Pai, Ele nos diz que ficará conosco até o fim dos tempos e o faz na Eucaristia.
No Sacramento, Ele se faz quase nada por amor a nós. E por que Ele quis isso? O Papa Bento XVI, ainda no seu tempo, falando dos sacerdotes, diz que Jesus instituiu o sacerdócio para continuar próximo de cada um de nós, sobretudo da maneira mais sofrida, mais desconhecida.
No coração de Cristo estamos totalmente presentes com Ele. Jesus quer estar próximo de nós a ponto de se fazer alimento, o qual lembra saúde, salvação. Ele quer ser consolo, alegria, festa, comunhão.
À medida em que meditamos sobre isso, ficamos agradecidos a Deus, louvamos a Ele, pois assim Ele nos ama, a ponto de dar-se na cruz e continuar se doando na hóstia consagrada.
Essa proximidade vemos, hoje, no Evangelho, na multiplicação dos pães, prenúncio da Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia. No Reino de Deus a humanidade estará reunida, haverá abundância para todos.
A Eucaristia dá sentido à nossa vida, pois é doação, é doar-se ao outro. Há sentido em investir nossa vida no pobre, pois Jesus fez isso na cruz. Existe um futuro, porque Deus nos ama e nos ensina a sermos próximos, de forma a não queremos nada em recompensa.