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Continuamos esta aventura de embriaguez no Espírito Santo. Um homem, chamado João, se aborreceu com a comunidade e resolveu se afastar, comunicou sua decisão ao padre que ficou em silêncio. João foi visitar o amigo padre, num dia frio, quando lá chegou encontrou o amigo diante de uma lareira, em silêncio. O padre separa uma brasa colocando-a de lado. Aos poucos João vê aquela brasa se apagando, não precisou de mais nada para João entender que sozinhos nós nos a apagaríamos.

Vamos fazer a experiência do vento pairando sobre as águas, a experiência do vazio de não termos respostas humanas, este vazio tem nome: “humildade”. Em Pentecostes os apóstolos não estavam sozinhos, Maria estava nesta experiência, porque para que o Espírito Santo se manifeste é necessário reconhecer-se débil, humilde, e a presença de Maria é certa, é o testemunho da humildade.

Assim como Maria canta na visita a Isabel, “Ele colocou os olhos em sua humilde serva”, o orgulhoso não pode fazer a experiência do Espírito Santo. Ela ensinou os apóstolos a serem humildes e contemplar em silêncio as maravilhas do Senhor. Por tudo isso a presença de Maria era imprescindível, ela ensinou os apóstolos a discipular com humildade.

O que é humildade? Jesus disse de si: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Humildade não é só se desculpar. Humildade vem de “húmus” no latim. Humilde é aquele que se coloca por terra, este é o humilde, este é Jesus que se dispôs da sua divindade. Humilde é aquele que sabe que é inteligente, sábio, mas se prosta diante do irmão.

Deus, louco de amor pela obra prima de suas mãos, o homem e a mulher, quis salvá-los. Sendo assim, Deus se encarna, assume a fragilidade, a temporalidade humana. Ele quis ser Galileu, não bastou ser Galileu, quis ser Nazareno, nasce em Belém, num estábulo. Tudo o que Deus faz é correto, pois Ele tem todo o tempo de mundo para pensar nesta decisão. Por isso a encarnação é a decisão correta para nossa salvação. A grande lição do presépio é esta: Deus quis ser cuidado num menino simples, singelo, frágil.

O homem da era tecnológica está condenado a viver uma atrofia do seu próprio progresso tecnológico, porque lhe falta a experiência do espiritual.

A aventura da ovelha que é um bicho diferente do boi, pois ela segue o pastor que está frente. A ovelha que se extravio foi porque quis, pois ela sabe que o pastor esta à frente, e de volta ao aprisco o pastor vê as suas ovelhas e se dá conta de que falta uma. Ele esquece das noventa e nove e sai desesperado atrás da ovelha, que ele mesmo sabe que se extraviou por que quis, mas mesmo assim grita pelo nome da ovelha, pensando no que pode ter acontecido.Ouve um gemido e a procura ainda mais, quando a encontra no buraco. Encontrando-a ele vai até o buraco, se ajoelha na lama para salvá-la (assim como Deus ), e a coloca no ombro, para que todos vejam que aquela ovelha que se perdeu foi encontrada. Deus desce no inferno para te salvar. É o testemunho da humildade de Deus, que se coloca na lama para salvar os que ali estão.

Deus ainda nos deixa boquiabertos, pois São Francisco nos diz que assim como Ele desceu para o ventre de Maria, Ele desce todos os dias no altar para nos alimentar. Na Eucaristia, Deus se humilha na fragilidade de um pão. Deus se abaixa para nos salvar.
Quer ser santo se abaixe, faça a experiência da humildade.

Humilhar-se não é perder, humilhar-se é ganhar. Somos católicos carismáticos porque somos servidores do Espírito Santo. Nós somos servos. Santo Agostinho vai dizer: “Tudo Senhor menos a minha vontade”, servidores e discípulos.

No batismo recebemos a infusão do Espírito Santo que qualifica o meu batismo, nos faz tomar posse da graça contida no batismo, e é por isso que quando faço a experiência do Espírito Santo, faço um novo batismo.

A experiência da infusão do Espírito Santo não é a experiência da razão, quem faz esta experiência tem a vida mudada, tem a experiência da conversão, e esta é a experiência que o mundo precisa ver, e é isto que nos faz o Pentecostes.

A força do Espírito Santo não está somente nos Sacramentos, mas em quem o deseja.
Onde encontramos a embriagues do Espírito Santo? Na Eucaristia e na Palavra de Deus, mas também a encontramos na chuva do Espírito Santo, isto é o que nos diz Santo Ambrósio.

Posso te dizer que depois dessa experiência você nunca mais vai ser a mesma pessoa. Faça esta experiência: a experiência do Espírito Santo. O que você buscou no divã, nos astros, nas cartomantes, apostou tudo numa pessoa procurando respostas, você vai encontrá-las aqui nesta Igreja que há mais de dois mil anos faz a experiência do Espírito Santo e arregaça as mangas para estende as mãos para você. .