Hoje, é tempo de voltarmos para a casa do Pai, e não podemos deixar isso para amanhã. Darei três motivos para voltarmos à casa de Deus.
Por que voltar para o Senhor? O primeiro motivo é porque, em nossa casa, podemos ser realmente quem somos, podemos ser livres; já em outros lugares, teremos de nos submeter a algumas condições. Então, a primeira resposta é: porque, na casa de Deus, podemos ser quem realmente somos!
O segundo motivo é: quando voltamos para a nossa casa, podemos estar com Deus. Então, o apelo d'Ele é que permaneçamos sempre em Sua presença.
O terceiro motivo é para termos acesso à festa do céu, que Ele nos promoveu. É uma luta contínua sermos quem somos para termos a oportunidade de estar com o Senhor e participarmos da Sua festa.
“Jesus continuou: Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: 'Pai, me dá a parte da herança que me cabe'. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu, e partiu para um lugar distante. E aí esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome nessa região, e ele começou a passar necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para a roça, cuidar dos porcos. O rapaz queria matar a fome com a lavagem que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam. Então, caindo em si, disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome…Vou me levantar, e vou encontrar meu pai, e dizer a ele: Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho. Trata-me como um dos teus empregados'. Então se levantou, e foi ao encontro do pai. Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão. saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos. Então o filho disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço que me chamem teu filho'. Mas o pai disse aos empregados: 'Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho. E coloquem um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Peguem o novilho gordo e o matem. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado'. E começaram a festa” (Lucas 15, 11-24).
Nesse apelo de voltarmos para a casa, eu os ensinei três motivos, mas para os entendermos bem, vamos voltar às duas posturas da Palavra de Deus: a do filho que gastou tudo o que tinha e a do pai que esperava pela volta desse filho.
Podemos, muitas vezes, estar longe e agirmos como um filho pródigo, mas a postura que devemos tomar é de nos perguntarmos quem somos, de nos confrontarmos com a nossa própria consciência. Existem muitas pessoas passando "fome" de Deus, porque não sabem que são filhos d'Ele, não caíram em si ainda; procuram o amor em outras coisas que não são do Senhor.
A maior vigilância que podemos ter, constantemente, é responder para nós mesmos: Quem eu sou? Comece a se perguntar! Voltamos para a casa, porque, lá, podemos ser quem realmente somos, podemos ter Deus como Pai.
Às vezes, a nossa postura nos faz andar por caminhos nos quais nos sentimos sozinhos, abandonados. Voltemos para a casa, mas como filhos de Deus! Muitas vezes, é difícil voltarmos para Ele como filhos devido ao nosso comportamento com o nosso pai terrestre.
O mundo permite que percamos a nossa identidade, porque achamos que temos de ser como as outras pessoas, como os nossos “ídolos”. Aquele filho da Palavra, não tinha sua própria identidade e fez de si um padrão. No entanto, sua postura fez com que voltasse para Deus, pois precisava saber que tinha suas próprias características. Deus se torna impotente diante da liberdade de Seus filhos. Queiramos estar com Ele antes do juízo final, pois, assim, teremos a oportunidade de estar mais próximos d'Ele.
Deus está ansioso pela nossa volta. Voltemos para junto d'Ele! Por que esse pai da Palavra esperou por seu filho? Porque ele o amava! O primeiro passo para nosso retorno à casa de Deus parte do nosso coração. Ele nos avista de longe, está ansioso por este momento, para que possamos dar o primeiro passo na direção d'Ele. Longe de Deus, encontramos muitos prazeres, mas um vazio muito grande. Essa vida não irá nos saciar, por isso precisamos facilitar o caminho para o Senhor.
Muitas vezes, achamos que Ele não ouve as nossas orações, mas será que não estamos orando como servos? Precisamos orar como filhos. Só permaneceremos com Deus se nos reconhecermos como filhos d'Ele. Não tenhamos medo estar com o Senhor, porque Ele é o único que nos dá tudo o que precisamos.
O céu é uma constante festa, e a vida na Terra é apenas o início dela! Para termos acesso a essa festa, precisamos ter a identidade de filhos do Senhor. Voltemos para aquilo que tem adiado a festa de Deus na nossa vida. Ele está à nossa espera e não pode mais deixá-Lo esperando.
Transcrição e adaptação: Karina Aparecida