O livro do Apocalipse serve para nós esportistas, como programa de treino. É aquele livro que lança o seu olhar para um objetivo, que para alcançá-lo pede de nós um treinamento. O capítulo 7 do livro do Apocalipse, narra a visão de São João, que vê uma multidão com veste brancas e com palmas nas mãos, semelhante a procissão que fazemos no Domingo de Ramos, ou seja, é um canto de vitória, canto de alguém vitorioso e que está feliz! Essa multidão relatada, são de pessoas felizes, cantando glória e bendizendo ao Senhor. Será que essas pessoas sempre louvaram a Deus?
Lembre-se que o Autor Sagrado narra que: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro.” E só depois foram vistos louvando ao Senhor, isso acontece da mesma forma conosco, passamos por tribulações, mas o Senhor nos sustenta.
João viu aqueles homens contemplarem a glória de Deus, mas que antes viveram momentos de tribulação. Esta visão é de homens que passaram por tribulação, mas que alcançaram a vitória e que por isso servem de exemplo para os outros.
João Paulo II disse em 29 de Outubro de 2000 no Jubileu dos Esportistas “Oxalá os vossos esforços físicos sejam parte da vossa busca de valores mais excelsos que constroem o carácter e dão dignidade e sentido de conquista a vós mesmos e aos outros. Em termos cristãos, a própria vida é uma competição e um esforço em busca da bondade e da santidade. Deus vos abençoe nos empreendimentos e vos cumule, a vós e às vossas famílias, com o seu amor e a sua paz.”
A vida é mais exigente para quem tem corpo mole, cristão não pode ter corpo mole. Um dos maiores desafios do ser humano é de aceitar a si mesmo, ou seja, para muitos a grande tribulação é si conhecer, conhecer seus limites e aceitá-los, pois aceitar é admitir os defeitos. Nós sabemos que para um violão entoar um som bonito, as cordas precisam estar tensionadas, muitas vezes, a nossa vida se torna bela e bonita quando nós nos deparamos com as tensões.
Por vezes, precisamos respeitar nossos limites e refletir que nossos maiores adversários não são os outros, mas nós mesmos. Conhecemos pessoas que não possuem mais a motivação de viver, mesmo com a família, com amigos por perto, as pessoas se sentem sós.
Se nossa corda não está tensionada nós não lembramos de Deus, só fazemos novena quando precisamos, só procuramos a Deus quando queremos algo. Devemos buscar ao Senhor, mesmo diante da perseguição. Meus irmãos, existe uma alegria no meio da perseguição, como vimos na primeira leitura: “Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo. ”
Transcrição e adaptação: Luana Oliveira