Este simpósio é uma oportunidade de por em comum aquilo que estamos vivendo.
O que temos a apresentar aqui, não é a experiência de uma família perfeita que não passa por problemas, ou uma família que não precisa de ajuda. Ao contrário, poderíamos passar um tempo maior contando sobre os nossos problemas.
A diferença de estarmos presentes neste simpósio está em resposta a um pedido: Que o Senhor venha em socorro de nossas famílias, e que possamos dar testemunho da sua presença em nossas casas.
No cristianismo, a família não é somente celebrada na união entre um homen e uma mulher, mas sim na celebração de um sacramento.
A união faz a força e precisamos entender que a força que temos esta na presença de Cristo na nossa vida. Dessa maneira a vida da família gira em torno de Cristo.
Alguns pontos que foram colocados hoje pela manha se coloca como riscos a nossa casa:
- Na nossa sociedade, a presença de Cristo continua sendo um incômodo, de que algumas vezes se procuram eliminar essa presença
- A dificuldade em aceitar a geração dos filhos
- A prática do aborto e eutanásica como a solução de um problema ou estorvo. Essas praticas não são feitas com alguém de fora mas com um membro da família. Trabalha como a morte como solução de um problemas
- A equiparação de toda união ao “status” de família.
Diante dessas situações, que caminho devemos trilhar. A tentação muitas vezes nos leva ao fechamento, ao isolamento na tentativa de atingir a nossa casa. Mas isso entra em casa através das mídias e ate mesmo por meio da escola. Assim se fechar não parece ser a alternativa mais aceitável ou eficaz.
Nos temos a quem recorrer e aquilo que parece ser uma ameaça, de fato, sozinha a nossa família não conseguira se manter. O nosso socorro esta na vida em comunidade. É necessário que as famílias sejam apoiadas no seu caminho. E diante disso colocamos como possibilidade de ajuda para as famílias a constituição de uma comunidade. Compartilhar a vida com outras famílias é um bem e nos faz crescer.
Os 2 objetivos dessa comunidades em famílias são:
Que o ambiente fraterno renove constantemente na ajuda mutua, e que as famílias vivam a dimensão missionária.
Sem critérios impostos, esses grupos se encontrariam de acordo com a disponibilidade de cada um, fazendo desses encontros um momento de partilha das experiencias vividas, seus problemas e alegrias, sempre norteadas ao evangelho ou outro documento disponível pela pastoral familiar.
Corremos o risco de se pensar que uma comunidade de família, vai resolver os nossos problemas. Mesmo que não resolva, viver juntos e enfrentar os desafios já nos ajuda a enfrentar as dificuldades.
Precisamos entender que este grupo não é um trabalho de autoajuda, mas ser sinal de Deus no mundo.
O nosso testemunho de dimensão missionaria, acontece a partir da preparação da própria casa. Acontece de dentro para fora de casa e não o contrário.
Muitas vezes quando cometemos erros, sozinhos é muito mais difícil ate buscar uma solução, mas junto com uma comunidade, o problema se tornara mais leve.
Que possamos construir essas comunidades de família, a fim de que pouco a pouco, com a nossa experiência possamos mudar o mundo.
Gilberto e Arlete são casados há 20 anos.