Percebo, cada vez mais, a necessidade de levantarmos a bandeira da família, pois sem ela nada pode ser feito. Se permitirmos que ela seja enfraquecida, corremos o risco de ver demolida a estrutura da nossa sociedade.
Para ser o padre que eu sou hoje, o que tem me sustentado é a minha família. Muito daquilo que sou vem do meu pai e minha mãe.
Casamento é para sempre. Sara e Tobias são exemplos disso, pois nos ensinam que a obediência a Deus vem antes de tudo. Eles foram obedientes ao anjo do Senhor.
Precisamos defender e promover a família em nome do Senhor! Se quisermos o bem para nossas famílias, teremos de corresponder à missão que Deus nos deu.
Relacionado à vida de oração, gosto sempre de fazer uma pergunta aos noivos que estão se preparando para casar: “Onde está o crucifixo para vocês colocarem em casa? E a imagem de Nossa Senhora? E a Bíblia do casal?”. Vocês já viram esses itens em listas de enxoval?
Temos de ter em casa um sinal de oração para nos lembrarmos de que não estaremos sozinhos quando chegarem as exigências do casamento. Na correria louca em que vivemos, precisamos de sinais que nos lembrem a oração.
Nunca é tarde para começarmos a fortalecer nossa vida de oração. Todo exame de consciência é para nos tornar mais fortes e não para nos desanimar. Se abrirmos o coração para a graça de Deus, Ele agirá em nós. Quando abrimos o coração e deixamos Deus agir, Ele poderá sempre nos dar a graça de um novo recomeço. Mas, às vezes, temos nos descuidado.
Mãe, quem ensina seu filho a rezar é a senhora. A primeira responsável pela transmissão da fé é a família. Valor, oração e religião são aprendidos dentro de casa.
A primeira característica da Família de Nazaré é o silêncio, a escuta, porque souberam corresponder, de forma especial e única, à vontade de Deus. Quem silencia tem muito mais condição de ouvir; já quem fala demais e escuta de menos corre o risco de errar muito.
Irmãos, as crises seriam melhor superadas se houvesse mais silêncio, mais escuta e obediência à Palavra do Senhor. Quem cultiva uma vida de oração tem melhor condição de silenciar.
Vejamos três exemplos da história da Igreja. A primeira é Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, e seu poder da oração por seu filho. Se você é mãe, não desanime, não desista! Se você semeou, a semente está lá, ela existe. Mães que rezam por seus filhos, não percam a esperança jamais!
Santa Rita, segundo exemplo, rezou pela conversão do marido e dos filhos. Depois, há Santa Teresinha do Menino Jesus, cujos pais são santos. Sabemos que boa parte da santidade de Teresinha vem dos pais dela. Por isso, pai e mãe, o exemplo de vocês é muito importante para os filhos, para a família.
Cultivar a vida de oração é um exercício, mas é preciso perseverar. O primeiro passo é estabelecer tempo e lugar para você rezar. Quanto ao tempo, rezar de manhã, antes das refeições e à noite: “Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe e me ilumine. Amém.”
Faça do seu lar uma Igreja Doméstica, faça da sua casa um lugar de oração. A família também precisa ir junta à Missa dominical. Por fim, não deixe nunca de cultivar a devoção a Maria Santíssima. Ao vir o reino dela, virá também o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Senhor precisa reinar, urgentemente, na vida de nossas famílias.
Transcrição e adaptação: Míriam Santos Bernardes