Para compreendermos a Virgem Maria é preciso que eu olhe para aquilo que a Igreja fala. A partir do momento que eu compreendo Maria eu tenho mais intimidade com Jesus, porque Maria revela o Pai. Maria está dentro da história da Salvação. Maria para nós católicos, podemos dizer que Ela é mistério da salvação. Quando olhamos para Maria nós entendemos a graça do Pai. Maria recebeu a graça do Pai e do Espírito Santo.
Quando eu olho para Maria eu renovo meu mistério sacerdotal. No dia da minha ordenação sacerdotal, eu me consagrei a Nossa Senhora, porque a partir do momento que nos entregamos a Ela, renovamos a fé Trinitária. Maria uni em si todas as razões de fé. Olhar para Maria é simplificar a nossa fé. A prova disso tudo é pela palavra que foi encontrado em um dos nossos concílios: Theotokos ( Mãe de Deus). Em Maria está todo o mistério da salvação porque Ela encontrou graça diante de Deus. O membro que é consagrado, ele está separado de outros e Maria foi essa pessoa que foi separada para ser a Mãe de Jesus Cristo. Como podemos compreender essas coisas? Só pela fé. Muitas vezes precisamos superar a nossa racionalidade e deixar que fé agia dentro de nós. São João Paulo II diz que a fé e a razão tem que andar juntas.
O plano do amor de Deus ultrapassa qualquer entendimento, por isso precisamos superar as nossas razões, sem questionar. A pergunta que Maria faz: “Como acontecerá isso se eu não conheço homem?” (Lc134) Ela não estava questionando mais apenas queria saber como deveria tomar as atitudes dali para frente.
Quem somos nós para mudar aquilo que Deus quer? Nós não podemos mudar a história da salvação, mas precisamos aceitar o querer de Deus em nossas vidas. A igreja traduz esse querer de Deus para mim e para você através de Maria!
Quando o anjo aparece a Nossa Senhora e diz: “Ave Cheia de Graça” (Lc1,28b). Ela é convidada a um novo tempo. Essa palavras é um momento sublime. E chamando assim, o anjo chama como se fosse o seu verdadeiro nome, mostrando que a Palavra o nome Maria não teria um sentindo, mas sim chama Ela pelo novo nome: Cheia de Graça, e esse era um novo dom, uma nova graça que Ela recebia. Essas expressões que o anjo Gabriel fala a Maria está cheia de sentido: “Alegra-te, cheia de graça!”(Lc1,28) Significa participar do tempo novo que está chegando, o Messias que iria vir. Quando diz: “O Senhor está contigo!” (Lc1,28b) Ele quis dizer que Ela teria uma missão e o Senhor daria a graça necessária para suportar. E Maria responde: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Palavra.(Lc1,30) Essas palavras significa um sim. Até hoje eu não encontrei em dentro da bíblia uma pessoa tão singela; tão pura e simples como Maria.
Ser como Maria, toda de Deus, significa arriscar-se! Jogar-se nas mãos de Deus com confiança, não temer. Maria não somente ouvia a palavra de Deus mas a colocou em prática. Abriu o seu interior e deixou Deus entrar! É isso que Ela nos convida hoje, a abrir o coração. Quando Maria recebeu a graça, Ela não quis guardar somente para si, mas Ela saiu de si, foi correndo para a casa de Isabel servir. Ela podeira muito bem dizer: “Eu sou Mãe de Deus, agora podem prostrar-se aos meus pés”, mas não fez isso, e sim Ela se prostrava diante das pessoas para servir com humildade.
Graças a intercessão de Nossa Senhora eu fui abençoado. Não era para eu ter nascido, a gravidez da minha mãe foi arriscada, porque ela já tinha 42 anos. Vejo que tudo o que me aconteceu foi para dar graças a Deus. Na minha infância eu pensava: “Nossa estou amando mais a Mãe de Deus do que a Deus”, mas eu ouvia no coração: “Não se preocupe porque quando você me ama, você ama a Deus.” Minha mãe me contou que perto da minha gravidez ela estava muito enxada e lá em Caruaru, tem uma imagem de Nossa Senhora da conceição, ela disse para Maria: “Mãe a senhora sabe que estou quase perdendo meu filho, mas deixe ele nascer! Porque pode ter certeza que se ele nascer ele é seu!” E aqui estou. Cada vez que eu falo de Maria eu me emociono. Maria Salomé me disse que eu faria a pregação, nossa eu estremeci, porque eu amo Maria. E eu digo eu não sou idólatra, porque eu sou conhecedor da graça de Deus e da Palavra, e Maria me ensina a ter fé em Deus . A assim como João Paulo II que não teve medo de dizer : “Totus tuus”, eu não tenho medo também de dizer que sou todo de Maria, porque ser de Maria é ser todo de Deus. Jesus é o centro das nossas vidas, Maria é aquela que vai nos levando para o centro. Enquanto eu existir, não vou me cansar de dizer que eu amo Maria.
A experiência que tive quando fui nos santuários Marianos foi linda. A nossa comunidade sempre viaja. Dizia a Maria que se tivesse a graça de ir viajar, eu queria viajar primeiro para os países Marianos. Dai chegou a menina e disse: “Você vai para Roma”. Depois ela diz: “Não vai precisar ir mais.” Depois ela chegou novamente e disse: "Qual Santuário Mariano o Senhor quer peregrinar?" Eu disse: "Qualquer um!" Quando estava em Fátima, me emocionei muito na missa porque fui lembrando da minha infância, e quando cantei a música de Nossa Senhora eu quase não conseguir terminar.
No meu tempo de seminário, passei por muitas tribulações. Todas as vezes eu me entregava a Nossa Senhora e pedia para ela olhar para mim, me dar forças. A cada dia, vou compreendendo que Maria sempre esteve na minha vida e cuidou de mim. Minha ordenação a diaconato foi na Igreja Nossa Senhora de Fátima e minha ordenação na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, não mereço tanto amor assim, mas só tenho que agradecer!
Todos os dias eu peço para Jesus que eu faça a sua vontade e repito as frase de Maria: “Faça-se mim a Tua vontade!”(Lc1,38a) Deus assim o quis, consagrou e separou Maria para ser a Mãe de Jesus.
Que hoje possamos com o coração aberto dizer como Maria: “Faça-se em mim o Teu querer!” Não tenha vergonha dizer que você é filho de Maria. Não se preocupe com que eu as pessoas vão dizer!
Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D'Onofrio