Misericórdia Divina, fonte de nossa felicidade

Eugênio Jorge
Foto: Fotos CN/ Maria Andreia

O “clima” da Misericórdia já está aqui entre nós. Já sentimos o “cheiro” da Misericórdia de Deus. Todo aquele que se encontra aqui [Canção Nova], neste Território Eucarístico, todo aquele que aqui colocou seus pés, saiba que já está sendo beneficiado pela Misericórdia Divina.

Eu também me considero um filho da Misericórdia. Fui, um dia, alcançado pela Misericórdia do Pai. Outrora, eu era também um filho pródigo. Mas o Pai me acolheu com o Seu abraço.

Por muito tempo eu achei que “pródigo” era alguém que havia voltado. Só depois eu compreendi que, na verdade, pródigo significava "esbanjador". Eu também esbanjei os bens do Pai. Mas voltei! E Ele, em Sua infinita Misericórdia, me acolheu com amor.

Quão doce é a Misericórdia de Deus! A partir do número 1074 do Diário de Santa Faustina, ela nos diz o seguinte:

“Quando fui para a Adoração, ouvi essas palavras: 'Minha filha querida, escreve estas palavras que hoje o Meu Coração descansou neste convento. Fala ao mundo da Minha misericórdia e do Meu amor. Consome-me as Chamas da Misericórdia! Desejo derramá-las sobre as almas humanas. Oh! Que grande dor Me causam quando não querem aceitá-las! Minha filha, faz o que está ao teu alcance pela divulgação do culto da Misericórdia. Eu completarei o que não conseguires. Diz à humanidade sofredora que se aconchege no Meu misericordioso Coração e Eu a encherei de paz. Diz, minha filha, que sou puro amor e a própria Misericórdia. Quando uma alma se aproxima de Mim com confiança, encho-a com tantas graças que ela não pode encerrá-las todas em si mesma, e as irradia para as outras almas. As almas que divulgam o culto da Minha Misericórdia Eu as defendo por toda a vida, como uma terna mãe defende seu filho. E, na hora da morte, não serei Juiz para essas almas, mas sim o Salvador misericordioso. Nessa última hora, a alma nada tem para sua defesa além da Minha Misericórdia. Ah! Feliz a alma que durante a vida mergulhou na Fonte da Misericórdia, porque não será atingida pela Justiça, mas será envolvida pela Misericórdia. Escreve: tudo o que existe está encerrado nas entranhas da Minha Misericórdia, e de forma mais profunda que a criança no ventre da mãe. Quanta dor Me causa a falta de confiança em Minha bondade! Os pecados que Me ferem mais dolorosamente são os pecados da desconfiança!”

É a nossa miséria que se encontra no Coração Misericordioso de Jesus. Ele é a Misericórdia. E Ele vem nos dizer, através dessas palavras, o quanto Ele quer nos alcançar. Jesus nos alerta que não há outro caminho para nós, a não ser o caminho da Sua Misericórdia.

Muitas são as propostas que surgem para nós. Algumas até aparentemente boas. Algumas até de prosperidade. Muitas propostas vão surgindo e nos causam uma confusão tremenda. Mas nãos e deixe enganar, meu irmão: o caminho excelente é o da Misericórdia.

O caminho por excelência está em mergulharmos em Sua santidade. Deus é Santo! E quando mergulhamos em Sua santidade e misericórdia somos curados por completo. A Misericórdia Divina é o remédio sacrossanto para a humanidade.

Eu não sei por onde você tem andado… Mas eu lhe digo hoje: “Lança-te! Mergulhe nos braços do Senhor que te ama apaixonadamente!”

Aproximemo-nos com fé do Trono da Graça e da Misericórdia do Rei Jesus. Aproximemo-nos com confiança.

Diga a você mesmo: “Confie no Senhor! Espera n'Ele e Ele agirá”.

 

"Seu Pai te espera. Seu Pai te ama", afirma Eugênio Jorge durante a sua pregação na Canção Nova
Foto: Fotos CN/ Maria Andreia

 :: Veja fotos no Flickr
:: Veja + fotos também no Facebook

Abra a sua Bíblia em Lucas 15, 11-24. Vamos ler juntos:

“Jesus disse também: Um homem tinha dois filhos. O mais moço disse a seu pai: Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca. O pai então repartiu entre eles os haveres. Poucos dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo dissolutamente. Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria. Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos guardar os porcos. Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Entrou então em si e refletiu: Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância… e eu, aqui, estou a morrer de fome! Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados. Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. O filho lhe disse, então: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai falou aos servos: Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés. Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa. Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado. E começaram a festa”.

Bendita Palavra de Deus! Que coisa maravilhosa! Estamos diante de um verdadeiro “roteiro de filme”: aquele filho vivia com seu pai, vivia sob o seu aconchego e proteção. Mas resolve pegar sua parte da herança e gastar em tantas aventuras. Ele foi cada vez mais para o fundo. Afastou-se de seu pai. E acabou caindo em si.

Meus irmãos, não precisamos chegar a tão longe! Deus não quer isso para Seus filhos. Aquele filho precisou chegar a tal ponto para perceber o quanto havia se distanciado do seu pai. Meu irmão, você tem O Pai. Não é apenas um Pai, mas O Pai! Volta hoje. Volta agora! Volta para os braços do seu Pai.

Deus espera uma resposta. E a resposta que Ele espera tem um nome: você. Ele não quer palavras. Ele quer você por inteiro!

Ô jovem cabeça dura… Que foi ao fundo do poço, mas caiu em si. Esteja você onde estiver, meu irmão, volte para Deus! A Misericórdia está gritando o seu nome, dizendo: “Volte, volte agora para os Meus braços!”

Aquele jovem “resumiu” a sua confissão, dizendo: “Pequei!” Eu imagino aquele jovem voltando para casa, chorando, e refletindo sobre tudo de errado que havia feito. E, para sua surpresa, o pai corre ao seu encontro. O pai viu seu filho à distância. E é interessante percebermos que o pai não fica dando broncas ou “sermões” em seu filho. Ele vê o filho e, com alegria, o acolhe.

O Pai do Céu está olhando para você agora. Ele diz a você: “És meu! És minha!” Ele corre em sua direção e, chegando perto de você, Ele te abraça. Deixe-se abraçar por Jesus neste dia. Neste abraço silencioso, morre todo o mal que fizemos.

Quando as palavras nos faltarem, quando não tivermos forças nem sequer para confessar nossos pecados e medos, quando nos restarem somente as lágrimas, saiba que não tem problema. Fique tranquilo! O Pai nos conhece. Aquele filho da parábola não conseguiu dizer tudo a seu pai. Mas o amor do pai chegou antes. O fato é que o Pai do Céu sempre nos espera. O Seu Amor chega antes. Ele sempre nos espera de volta.

Seu Pai te espera. Seu Pai te ama.

.: Ouça o belo testemunho que Eugênio Jorge conta no final da sua pregação

 

 

Transcrição e adaptação: Alexandre Oliveira (@alexandrecn)

↑ topo