Nesta celebração de Domingo de Ramos, tivemos a alegria de aclamar Cristo Rei, Cristo que foi aclamado e, logo depois, insultado e entregue ao sofrimento.
:: Veja a liturgia
Jesus mostra a sua vitória em uma aparente derrota: a Paixão. A morte de Jesus é vitória sobre o mal, o inimigo.
A nossa salvação não é uma realidade aparente; ela acontece na cruz e na volta de Jesus.
Quando o Papa emérito Bento XVI escreveu Carta Apostólica “Porta Fidei”- carta sobre a fé – e nela diz: “A fé nos torna fecundos, porque alarga o coração com esperança e permite oferecer um testemunho capaz de gerar.
De fato, abrir o coração, a mente e os ouvidos para acolher o convite do Senhor, para escutar sua Palavra.”
Jesus nunca deixou de ser um homem orante, sempre em contato com o Pai. No capítulo 22, Evangelho de São Lucas, Jesus institui a Eucaristia. Ele se revela, mais uma vez, um homem orante, um homem que intercede. Jesus rezou por Pedro, o nosso primeiro Papa precisou de oração, por isso devemos também rezar pelo nosso Papa Francisco.
No Getsemani, momento de agonia e dor, Jesus rezou ao Pai dizendo: “Pai, afasta de mim este cálice, mas que seja tudo feito de acordo com sua vontade”. Jesus reconhece o Pai como o Todo Poderoso, como aquele que poderia livrá-Lo, mas se faz discípulo e pede que, em tudo, faça-se a vontade do Pai. Cristo foi discípulo da vontade de Deus.
Muitos de nós dirige-se a Deus pedindo-Lhe para nos livrar do sofrimento, mas não pedem força para suportar o sofrimento.
“Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai. ”(Filipenses 2,6-11)
Queira imitar Jesus em tudo, até no exercício das virtudes humanas; também na virtude da fortaleza. Seja firme no momento de dificuldade.
Deus vê a sua dor, vê a sua necessidade, porque Ele é um Deus cheio de compaixão.
O fim de uma vida virtuosa, consiste em se fazer semelhante a Deus, Cristo assemelhou a nós, para que nós assemelhássemos a Ele.
E peço a Deus, digo a você peça o dom da fortaleza, de permanecer firme na hora da dor, da dificuldade. A fortaleza, segura a firmeza na hora da dificuldade, e a constância no fazer o bem.
Jesus só foi aplaudido só na entrada de Jerusalém, e depois veio o sofrimento e todas as nossas misérias caiu sobre Ele, e na hora da dor Ele não desistiu, permaneceu firme.
Precisamos querer imitar Jesus Cristo pela fé. Hoje o mundo diz que não podemos sofrer, e ai quantas pessoas desistindo do matrimônio, porque não tem a fortaleza de esperar em Deus, de sacrificar-se. E quantos pais e mães e abandonando o lar, porque não tem a virtude da fortaleza.
E para os padres também quantas lutas, e que desafios para mantermos padres.
E digo mais para os profissionais, como é difícil ser um profissional de Deus, veja os médicos, profissionais da saúde, quantos se rendendo a uma cultura da morte. Que luta deve ser para promotores da vida no ambiente da saúde, que luta os advogados devem viver para permanecer na verdade, os políticos que lutam contra as corrupções. Poderia falar outras profissões. Hoje Cristo continua intercedendo por nós.
Podemos contar com o mediador da salvação, no auge da sua dor.
Transcrição e adaptação: Elcka Torres