Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Sou imensamente grato a Deus por poder partilhar com vocês, hoje, a Palavra d'Ele, a qual está sempre pronta para produzir frutos, basta apenas que os terrenos estejam devidamente preparados. Para isso pedimos ao Senhor que nos dê ouvidos, coração e atos de discípulos, a fim de que estejamos prontos a ouvir a Palavra de Deus. O Senhor está à procura de homens que estejam abertos, como uma terra boa, para recebê-Lo.
O tema que nos foi proposto trata-se de um grande desafio, que somente unido ao Senhor conseguimos superá-lo: “Não julgueis e não sereis julgados”. Convido você a pegar a Palavra de Deus no Evangelho de São Mateus 7,1-6.
"Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão. Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos. Pois estes, ao pisoteá-las se voltariam contra vós e vos estraçalhariam.”
A grande tarefa que nos é colocada é para não julgarmos. Somos quase que, instintivamente, levados, a todo momento, a julgar. Parece que faz parte da nossa natureza o julgamento. No entanto, Jesus vem nos trazer uma direção certeira e clara: “Não julgueis e não sereis julgados”.
Quando Deus nos traz a proposta de vida nova, esta está alicerçada nos atos que Ele próprio realizou, por isso, somos capazes de fazer o bem, porque Ele mesmo o fez. O Senhor realizou coisas boas e nos ensinou a fazer o mesmo. Por isso, não há espaço em nós para justificativas, pois o amor do Senhor foi derramado em nós e, independentemente da nossa condição de pecadores, somos capazes de amar com o mesmo amor do Pai.
Ora, todos nós somos capazes de errar, mas quando compreendemos o tamanho do amor do Senhor por nós – Ele que ferido no alto da cruz disse ao Pai para perdoar aqueles que não sabiam o que estavam fazendo -, entendemos que é possível não julgar, não condenar, mas perdoar a partir do amor do Pai que habita em nós pela ação do Espírito Santo.
Um das grandes condenações que cometemos é a fofoca. Podemos compará-la a um monte de penas que, depois de espalhadas, fica impossível juntá-las novamente. Outro perigo é o julgamento que fazemos no interior do nosso coração; muitas vezes, eliminamos as pessoas dentro de nós e isto nos traz consequências terríveis. Recordo que, na minha história, tive muita dificuldade com o meu pai, julgava-o muito em meu interior, porém, depois de uma boa partilha, de um momento de reconciliação, eu o entendi, pude perdoá-lo e pedir perdão. Depois de algum tempo, meu pai ficou doente e logo morreu, porém, graças a Deus, pudemos nos reconciliar antes de sua morte.
Nós cristãos somos chamados a perdoar sempre, pois, assim, Jesus nos ensinou. Não há lugar em nosso coração para o julgamento quando olhamos o amor de Deus que foi derramado em nós. Os próprios discípulos de Jesus, quando caíram, experimentaram a misericórdia do Senhor, pois Este não os condenou. Aprendemos, assim, que o homem sábio, quando vê as qualidades de alguém, logo sai a imitá-las, porém, quando vê o defeito do outro, logo sai a corrigir em si mesmo este defeito.
Portanto, guarde suas armas, não julgue, mas viva como o Senhor nos ensinou. Desta forma, viveremos o amor e a misericórdia. A decisão é nossa, por isso, diante desta situação que está tão forte em nós, devemos rezar, confiando na misericórdia de Deus para sermos libertos de todo o julgamento aos outros.
Não podemos julgar, porque fomos lavados no sangue de Jesus no alto da cruz. Se é Ele quem nos perdoa, não podemos condenar e julgar ninguém, pois a lei que dirigi os filhos de Deus é o amor e a misericórdia. Supliquemos ao Senhor a graça de amar, perdoar, compreender e consolar sempre nossos irmãos.
Deus nos abençoe.
Transcrição e adaptação: Ricardo Gaiotti