Eu tive a oportunidade de partilhar um pouco da minha história no ano passado. Eu não nasci católico, e me tornei católico em 1991 depois da visita do Papa João Paulo II em Goiânia. Não é difícil se tornar católico, o difícil é se manter católico. E o que eu tenho dito é que para ser católico são necessárias duas coisas, que estão ligadas uma a outra: a primeira é ter Jesus Cristo como centro de nossa vida e a segunda condição é ter o Espírito Santo, que Ele nos dá. Sendo que só pelo poder do Espírito Santo é que podemos declarar que Jesus é o Senhor. E esta é a condição para permanecermos católicos: sermos batizados todos os dias na nossa vida no mesmo Espírito, pois essa é a Igreja de Jesus Cristo.
Atos II fala sobre o Pentecostes, no versículo 1: "Chegando o dia de Pentecostes”, e podemos atualizar essa Palavra na nossa vida e dizer: “Chegando o dia do 'meu' Pentecostes”, pois podemos ver a atualização dessa Palavra: “Estavam todos reunidos no mesmo lugar”, porque, hoje, estamos reunidos aqui, o mesmo motivo que os reuniu também nos reúne aqui, e essa é uma ordem de Jesus: “Permaneçam unidos”, e essa também é a ordem para nós: permaneçam unidos, fiquem unidos esperando o cumprimento da promessa, “João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo”. A ordem de Cristo para nós é “permaneçam unidos, principalmente diante de uma grande tentação de dispersar o povo de Deus”, nós muitas vezes ficamos num campo intelectual, principalmente quando existem pessoas que gostam de questionar. Nesses momentos, o desejo de nosso coração é de se afastar, não queremos estar juntos. A história dos discípulos não foi diferente, havia muita discussão entre eles, “de quem seria o maior; quem Jesus amava mais, etc.”
Quando tudo está muito bom é fácil, mas nos momentos difíceis existe a tentação de dispersão, de voltar para casa, de dizer que não vale a pena. Quando acontecem as discussões nossa vontade é de nos afastar; quantas pessoas vindo para este congresso disseram: “Se Jesus não mudar a minha vida, se não mudar o meu coordenador, eu largo tudo!". E muitos coordenadores também disseram: “Se Jesus não mudar a cabeça desse povo, eu deixo tudo”.
Nós encontramos muitas pessoas que querem serem pastoreadas, mas não querem pastorear. No entanto, Nosso Senhor Jesus Cristo dava os ensinamentos, mas também mostrava nos atos concretos, não só com palavras. Mas, infelizmente, muitos de nós estamos somente nas palavras e não temos atitudes. Achamos que eles estavam como santos, mas muitos discípulos estavam como nós: esperando por uma promessa que eles não entendiam. Jesus também nós dá a mesma ordem, não podemos ceder à tentação de nos dispersar, porque onde há desunião o Espírito não vem; para que o Ele venha, precisamos estar unidos! É preciso que tenha amor. Diga: Eu quero estar com meu irmão, mesmo ele sendo difícil! Eu quero estar com ele, eu quero perdoá-lo, mas não será com minhas forças, porque eu espero o cumprimento da promessa: eu serei batizado no Espírito Santo de Deus.
A primeira ordem que Jesus dá é esta: "Permaneçam unidos" e a outra: "Peçam ao Pai que seja generoso com vocês e faça o cumprimento da promessa". Ou seja, permaneçam unidos e depois peçam o Espírito Santo.
Quem gosta de andar com pessoas ungidas? Aprendemos muitos com essas pessoas, os discípulos aprenderam muito com o Mestre, muito mais pela experiência. Certa vez, muitos estavam deixando Jesus, porque achavam Sua pregação muito dura, e Cristo perguntou aos discípulos se eles não O deixariam também, e Pedro disse: “A quem iríamos, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna”, eles experimentavam de Jesus a graça de Deus.
Pedro aprendeu com Jesus e tinha coragem de ir além, questionava, indagava, fez experiências incríveis com o Messias. O grande apóstolo acreditava no Senhor, porém, quando o Mestre é preso, ele O nega. Depois o apóstolo é perdoado e vê o Senhor subir ao céu. E agora o que fazer sem Jesus? Esperar o cumprimento da promessa. Agora é nossa vez, o Senhor nos diz: “vocês acreditam na minha Palavra? Eu derramo sobre vocês o meu Espírito.”
Muitos discípulos estavam orando, adorando, outros se questionando se realmente valia a pena. Veja a atualização de Pentecostes. Chegando o dia de Pentecostes estavam todos reunidos, da mesma forma, nós estamos aqui todos reunidos. E, de repente, vem um vento impetuoso, estavam todos reunidos e de repente veio como um vento impetuoso. Não interessa se é ruído, brisa ou vento impetuoso, o que é importa é o que vem depois: vieram espécies de línguas de fogo e todos ficaram cheios do Espírito Santo. E quando você sabe quando alguma coisa está cheia? Quando algo transborda, a promessa é essa para cada um de nós, então: transborde, transborde o Espírito Santo! Deixemos que essa Palavra se cumpra em nossas vidas, para que possamos pregar a Palavra. “Ao ouvirem essas palavras começaram a interrogar.” Viemos para incomodar! Uma pessoa cheia do Espírito Santo incomoda o pecado! Uma das característica da Renovação e a primeira característica de Pentecostes é o barulho, por isso se o chamarem de barulhento, agradeça a Deus, mas não é barulho, por qualquer barulho, não. É o barulho fruto do batismo no Espírito Santo.
A ordem de Deus é esta: leve o batismo a todo povo, nossos grupos de oração precisam ser barulhos santos, um lugar onde a Palavra é pregada e as pessoas são batizadas e tenham sua vidas transformadas por Jesus. Por isso, precisamos atualizar o Pentecostes em cada reunião.
O que eu acho bonito na RCC na Igreja é que tem lugar para todo o mundo. No grupo de oração é a mesma coisa: tem lugar para todo o mundo. Quando somos batizados no Espírito acontece a língua de fogo. Não deixe de orar em línguas, um dos fenômenos sobrenaturais do Pentecostes é a língua de fogo. Existe uma língua de fogo para repousar na sua cabeça, isso é próprio da Palavra de Deus. Jesus tem um novo Pentecostes para nossa vida hoje. Eu estou pregando aqui porque fui batizado no Espírito Santo e todo aquele que é batizado é uma criatura nova! E todos dias somos batizados no Espírito Santo, pois o Senhor tem um Pentecostes para nós hoje.
Transcrição e adaptação: Regiane Calixto