Este salmo é uma graça para nós, que a liturgia nos presenteia “Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!” (Salmo 83). A leitura do Êxodo pode se resumir em uma frase, Deus quis residir no meio do seu povo. Aquele quem o céu e a terra não pode conter, quis morar em nós; a iniciativa foi de Deus, foi vontade de Deus querer estar no nosso meio. Nós falamos da iniciativa e da bondade, que Deus é amor, pois foi o próprio Deus que assim quis e por isso podemos dizer, quão é “Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!”, é preciso que nos correspondamos a essa palavra.
Eu preciso viver com coerência essa escolha de Deus, Deus te escolheu, foi iniciativa de Deus, por isso precisamos corresponder, no salmo diz: “Na verdade, um só dia em vosso templo vale mais do que milhares fora dele! Prefiro estar no limiar de vossa casa, a hospedar-me na mansão dos pecadores!”
Viver sem Jesus é escolher a morte, você pode experimentar gozos temporários e com isso vai se deixando ser consumido pelo egoísmo, e vai se desviando do caminho verdadeiro. O Que nosso Senhor que nos falar, que diante dessa palavra é que Deus quis ser presença e que precisamos corresponder tão grande amor. E o evangelho nos ensina “Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo.”(Mateus 13,47), a nossa Igreja católica não faz acepção de pessoas, pois somos todos filhos do mesmo pai, a casa de Deus é para todos.
A rede nos indica que somos todos iguais e a segunda parábola, ele coloca a responsabilidade e a coerência com aquilo que vivemos. Somos pecadores sim, mas buscamos a santidade, essas duas parábolas nos leva a uma coerência pessoal e não grupal, não é porque sou padre, que estou salvo, todos os dias eu preciso viver a conversão, o PHN, por hoje não e o PHA, por hoje eu vou amar, se eu não vou pecar, eu vou amar.
Somos chamados e precisamos assumir o que somos chamados, Deus precisa ser cada dia mais vivido em nossa vida, ninguém é salvo sem assumir a cruz, é preferível perder aqui do perder a vida eterna.
No mundo de hoje ninguém mais quer se casar, mas precisamos fazer nossa Igreja crescer, para ter pessoas santas. Deus nos escolheu, Ele escolheu você. Precisamos corresponder a escolha de Deus, precisamos ter coragem de testemunhar com a vida, com a nossa história, preciso ser coerente com o meu chamado.
Não podemos deixar, o mundo quer nos desviar da santidade, que nos alegremos com momentos que vão passar e não conheçamos a verdadeira alegria. É tempo de reação de nossa Igreja, que tenhamos coragem de dizer quão amável é a sua casa.
Eu sempre me interrogava, se a salvação já nos foi dada, porque precisamos ir na missa todos os dias, pedir perdão toda hora, então Deus me revelou é como quando nós ganhamos um presente, acontece um sorteio em uma loja, me ligam e falam: “Padre Bruno, o senhor foi sorteado, o presente é seu, mas o senhor precisa buscá-lo”. E para eu poder buscá-lo eu preciso percorrer um caminho, e nesse caminho eu tenho que fazer muitas escolhas. E serão essas escolhas que definirão se eu conseguirei chegar até a loja para pegar o presente.
A salvação já nos foi dada, mas tudo depende de uma pessoa e a pessoa é você. Nós precisamos querer o céu, a missa precisa ser celebrada como primeira, a única e a última, nós não sabemos até quando estaremos vivos. Se queremos o céu é preciso decisão, a salvação é pessoal.
Que na simplicidade da nossa vida, nós possamos fazer novas todas as coisas, a vocação a qual somos chamados é a santidade, não tenha vergonha de dizer que é de Jesus, sua vida com Jesus, quem escolhe Jesus, escolhe a vida, quem não escolhe a vida, escolhe a morte.
Que a cada dia possamos fazer mais a vontade de Deus. Precisamos saber escolher e escolher a vida eterna, se queremos ir para o céu, alcançar e abraçar nossa salvação precisamos fazer escolhas certas, escolhas em Deus.
Transcrição e adaptação: Regiane Calixto