Alegremo-nos sempre no Senhor

Alexandre Oliveira

A Palavra meditada está na Carta de São Paulo aos Filipenses capítulo 4, versículo 4:

“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças.”

A comunidade de Filipos foi fundada por Paulo, a primeira comunidade fundada em terras europeias, a qual era considerada a menina dos olhos de Paulo.

Os quatro capítulos dessa carta perpassam pela alegria. A palavra “alegria” se manifesta 15 vezes nesta Carta aos Filipenses: “Eu me alegro convosco. Alegrai-vos no Senhor. Minha alegria é minha coroa”. Ele usa muito a expressão alegria, e assim entendemos a importância de Paulo manifestar a alegria.

Paulo falava de alegria, mas num contexto muito complicado. Ainda na Carta aos Filipenses, capítulo 3, versículos do 17 ao 20, ele diz: “Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo o exemplo que nós vos damos. Porque há muitos por aí, de quem repetidas vezes vos tenho falado e agora o digo chorando, que se portam como inimigos da cruz de Cristo, e cujo destino é a perdição, cujo deus é o ventre, para quem a própria ignomínia é causa de envaidecimento, e só têm prazer no que é terreno. Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que, ansiosamente, esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.

Paulo estava dizendo: “Alegrai-vos no Senhor”, num momento em que todos estavam sofrendo. Ele estava anunciando que havia invejosos na Igreja Primitiva. Paulo falava dos inimigos de Deus, aqueles que se diziam cristãos, mas eram inimigos da cruz de Cristo. É um contexto de pessoas que davam contra testemunhos.

A nossa alegria está no Senhor

A ordem de Deus para nós é: “Alegrai-vos”. É preciso se alegrar sempre no Senhor, e não no dinheiro nem na fama. É muito importante entendermos que a nossa alegria precisa ser no Senhor.

Estamos nos aproximando do tempo do Natal! Antigamente – acredito que muitos ainda se lembram –, era costume usar cartões de Natal nas árvores. Hoje em dia, isso não acontece mais, tudo é enviado pelo celular. Independentemente disso, o Natal precisa ser feliz, seja pelo celular ou pelos cartões. O Natal está vinculado à felicidade, à alegria, e não é tempo de tristeza.

O Advento, esse tempo litúrgico, prepara-nos para receber o Senhor. O Advento também nos prepara para a segunda vinda d’Ele.

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Jesus virá até nós na Eucaristia. Ele vem ao nosso encontro por meio dos sacramentos, por isso precisamos nos alegrar, porque Ele está próximo de nós.

A Palavra meditada está em Mateus 2,1-11.

Os magos do Oriente eram astrônomos e interpretavam os sinais a partir das estrelas. Eles sabiam que uma estrela indicaria o rei. Eles pararam em Belém e encontraram Herodes, que pediu que eles avisassem quando encontrassem o menino.

Herodes tinha uma espécie de crise de perseguição. Quando ele escutou que um rei estava chegando, ele queria matar o menino, para que ele não roubasse o seu trono. A Palavra vai dizer que os reis magos, ao observarem o menino, sentiram uma alegria muito grande!

A distimia é como se fosse uma depressão, é uma tristeza que dura anos. Uma das características da distimia é que a pessoa está sempre mal-humorada. Tem dias que acordamos mal-humorados, um pouco para baixo, isso é normal, mas tem aquelas pessoas que só reclamam, estão sempre mal-humoradas. É um mal humor e um azedume que não saem.

O Natal é tempo de alegria

Vivemos numa geração de pessoas azedas, que só sabem reclamar, está tudo ruim para elas. Infelizmente, muitas pessoas, dentro da própria Igreja, estão vivendo assim. O Natal não é tempo de tristeza.

Eu não sei quais são os propósitos que você assumiu para o ano de 2020, mas escolhamos nos alegrar mais, porque há muitas pessoas tristes no meio de nós.

“Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: ‘Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição’. Então, o que está assentado no trono disse: ‘Eis que eu renovo todas as coisas’. Disse ainda: ‘Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras’” (Apocalipse 21,1-4).

O Senhor está assegurando que faz novas todas as coisas. Chegará o dia em que o Senhor virá para reinar, e precisamos permanecer alegres. A alegria nasce dentro de nós, nasce da intimidade que temos com o Senhor.

Transcrição e adaptação: Karina Silva

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