Celebramos o dia de Santa Mônica! Ela nasceu em uma família cristã, cujo filho Agostinho não entendia as coisas de Deus e levava uma vida depravada, de prostituição. Ele procurava a verdade de Deus, mas não sabia onde encontrá-la. Essa mãe, então, rezou a vida inteira pela conversão de seu filho.
Quantos pais choram por causa dos seus filhos! E Deus recebe cada lágrima que cai dos olhos deles, nenhuma delas é desprezada por Ele.
Meus pais rezaram muito pela minha conversão, pois eu não nasci padre. Eu dei muito trabalho! Todos os anos, no dia 27 de agosto, ligo para minha mãe e digo: “Feliz dia de Santa Mônica para a senhora!”. Não dê crédito para aqueles que querem roubar seus filhos, dê crédito a quem quer resgatá-los.
O Senhor, neste dia, começa a falar que o fim está próximo e que nossa vida não se reume apenas ao que estamos vendo. É um fim que deve nos causar profunda esperança de que tudo que vivemos aqui passará. É um fim que deve nos deixar atentos.
Jesus começa o Evangelho dizendo: “Ficai atentos!”. Precisamos estar atentos, porque não sabemos o dia em que o Senhor virá, e isso é para aumentar a nossa esperança. Se hoje você chora, tenha a certeza de que o Senhor enxugará suas lágrimas. Estamos atentos ou desatentos, alheios ou anestesiados às coisas de Deus? O Senhor está falando, mas temos ouvido o que o Ele diz?
Deus nos faz duas promessas e nos dá três responsabilidades. A primeira promessa que Ele nos dá, no Evangelho, é ao empregado fiel que não dorme e não larga o Senhor, independente do que aconteça. O Pai combinou com cada um de nós a vida eterna, mas não combinou vida boa.
A primeira promessa que Ele faz com quem é fiel é a vida eterna. O que o Senhor nos promete não é para esta vida, mas para a eternidade, pois lá nós seremos administradores dos bens do Senhor, teremos a graça de estar com Ele. Aqui, nesta terra, participamos apenas de algumas coisas.
A segunda promessa é para o servo mal. Quando nos deixamos anestesiar pelas coisas que nos são oferecidas pelo sistema deste mundo, vamos dizer como o servo mal: “Deus não vem mesmo! Eu tenho rezado tanto e Deus não está fazendo nada, Ele está demorando!”. A promessa para aquele que vacila e se deixa levar pelos prazeres deste mundo não é a eternidade. Muitos vão dizer: “Deus não liga pra mim!”. Mas o Senhor o ama do jeito que você está, mas Ele não quer deixá-lo do jeito que você está! Você não foi feito para viver o que está vivendo, você foi feito para o céu.
Não temos o controle da nossa vida. Pensamos que podemos fazer tudo, muitos se acham ‘senhores’ inclusive da gravidade. Mas viver perigosamente é estar de costas para o diabo e de frente para o Senhor. Ficai atentos, pois não sabemos quando o Senhor virá ou quando nós iremos.
A promessa de Deus para os servos fiéis é a vida eterna, e para o servo mal a promessa é: “Ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 24,51).
A primeira responsabilidade do servo fiel é a fé. Em quem colocamos nossa confiança e quem seguimos?
O que levou Santo Agostinho à conversão não foram apenas as orações de sua mãe Santa Mônica, mas as atitudes dela. Se nos responsabilizamos pela nossa fé, o Senhor não falhará nem tardará, porque Ele nos dá tudo no tempo certo. A minha fé é da cruz, é por ela que passa a minha salvação. Uma pessoa de fé sabe dizer ‘não’ àquilo que não é de Deus e está atenta àquilo que lhe oferecem. Você está atento àquilo que lhe oferecem pela TV?
O servo fiel se responsabiliza pela fé e pelo amor. A segunda responsabilidade dele é ser representante de Deus para todas as pessoas. Deus é o único que enxuga as nossas lágrimas e é deste Deus que eu sou representante. Você não quer que ninguém o faça chorar? Seja o primeiro a enxugar as lágrimas do outro. Você não é feito para fazer os outros sofrerem. A responsabilidade do amor é você ser sorriso, olhar, misericórdia de Deus para o outro.
A terceira responsabilidade é da santidade. O santo não é aquele que não erra, que não peca, mas aquele que levanta todas as vezes que cai. O santo é aquele que está voltado para o céu, porque está esperando a volta do Senhor. A santidade é querer ter uma vida com o Senhor. É não querer ter Deus apenas como um negócio, como aquele que resolve todos os nossos problemas. A responsabilidade do santo é caminhar com o Senhor.
A responsabilidade da santidade é termos reta intenção em tudo que fazemos, é saber que Deus está nos olhando, constantemente, não para nos acusar, mas para nos resgatar.
Se queremos a vida de Deus, se queremos estar atentos e não queremos nos deixar enganar, temos que assumir estas responsabilidades. Ficai atento, porque o Senhor virá!
Transcrição e adaptação: Míriam Bernardes