Dez sinais de vulnerabilidade da família no mundo em que vivemos
Uma nova sociedade só será possível com pessoas novas. Se você pode mudar o mundo, mude-o para melhor! Vamos pedir ao Espírito Santo, pois a transformação da sociedade passa por nós!
Abra sua Bíblia no Salmo 127: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono. Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.”
Hoje, o tema é sobre as famílias. Elas que têm passado por grandes desafios e têm sido duramente provadas e perseguidas. E o que fazemos numa hora desta? Levantamos a bandeira da família, rezamos pelas famílias, falamos da sua nobreza e sobre os valores que vêm dela.
Nesta manhã, vamos trabalhar o tema “Uma família vulnerável ao inimigo”. As famílias precisam ter suas defesas fortalecidas e estamos falando de uma muralha da fé e de valores, pois as famílias podem ficar vulneráveis aos ataques do inimigo.
E se o Senhor não construir a casa?
É óbvio que o salmista está falando do ambiente familiar. Eu sempre digo nos casamentos, em minha paróquia, que façam um matrimônio a três: esposa, marido e Deus. Um casal que vai para o casamento sem Deus, começa a construir uma muralha enfraquecida e vulnerável aos ataques dos inimigos.
Antigamente, as cidades eram construídas em torno de muralhas e precisavam ser fortalecidas, porque dificultava o acesso dos inimigos. A família precisa fortalecer sua muralha e a parte vulnerável da sua casa para manter o inimigo longe da sua casa.
Dez sinais de vulnerabilidade da família no mundo em que vivemos:
1º Não ensinar e viver o amor de Deus sobre todas as coisas:
É o primeiro mandamento da lei de Deus, ou seja, precisa haver a precedência de Deus e a centralidade do Senhor nos lares.
Como as novas gerações vão aprender sobre o amor de Deus? Claro, pai e mãe, com a sua palavra, mas antes de tudo com o seu testemunho e principalmente as crianças e mais tarde os adolescentes.
Deus precisa ocupar o centro! O amor de Deus precisa estar e agir sobre todas as coisas. Se não colocamos Ele no centro, e sobre todas as coisas, o Seu lugar nunca estará vazio, pois sempre haverá um ídolo competindo com o Senhor. O Antigo Testamento nos mostra que sempre que as pessoas se afastavam de Deus caíam na idolatria.
Se nós descuidarmos do lugar de Deus, que precisa estar no topo da lista das nossas prioridades, pode ter a certeza que haverá um outro ídolo competindo com Deus. Ídolos neste mundo, competindo com o Senhor, não faltam!
Acompanhando mais de perto os dramas e belezas da família, sempre me vinha o questionamento sobre o que está acontecendo no mundo de hoje que mostra o matrimônio como algo solúvel e vulnerável. Alguma coisa não foi bem nesta história, deixamos perdido lá atrás e acabamos nos acostumando com a mentalidade deste mundo e a pressão que vem de fora. A família sempre passou por provas e desafios, mas o que alimentavam a esperança dos casais com 30 ou 60 anos de matrimônio, certamente, foram os valores.
Quem sabe não deixamos de falar para as novas gerações sobre a beleza da família e do matrimônio. Porque, se nós não falamos, quem vai falar?
A família tem um ponto de partida e também um ponto de chegada, pois se perdermos não vamos chegar no destino. Quem está na estrada é preciso dar meia volta e ir para o caminho certo. Devemos voltar para os fundamentos da Palavra e o que a nossa Mãe Igreja nos ensina, ou seja, voltar à catequese familiar.
Se não pararmos para fazer uma reflexão séria nós vamos enfrentar dificuldades.
2º Não viver o domingo como Dia do Senhor e dia da família:
A evidência mais simples é o terceiro mandamento “guardar domingos e dias santos”. Sintoma de vulneralibilidade da família é não viver o domingo como o dia do Senhor e da família. Participar da Santa Missa no domingo faz a diferença e de preferência a família unida. Mesmo que você vá sozinho (a) não desista!
3º Não rezar:
A primeira catequese é no lar e nós aprendemos as primeiras orações com nossos pais. Nós vemos pais que não rezam e famílias que não oram. Talvez, antigamente era natural os pais levarem os filhos à Igreja e hoje são muitos filhos levando os pais para a Igreja. Como as gerações, na vida adulta, terão saudade deste tempo de oração se não tiveram isso dentro de casa.
4º Ter tempo para ler revistas, jornais, livros, ir ao cinema, ao shopping, estar a par de tudo, mas não ter tempo para ler e meditar a Palavra de Deus:
Há uma diferença entre informação e formação. A primeira pode ser esquecida e a segunda se leva por toda a vida. Uma família que deseja fortalecer suas muralhas deve primar pela existência da Palavra em seu meio.
5º Trabalhar, trabalhar e cansar. E não ter tempo para a família:
Excesso de trabalho faz com que os pais não vejam mais os filhos crescerem. Saúde, a gente pode recuperar, mas o tempo não recuperamos. Por isso precisamos ter uma escala de prioridade bem clara, pois o trabalho não pode distanciar a família. O excesso de trabalho tira a qualidade da relação familiar.
6º Dar tudo o que os filhos ou a esposa querem, na hora em que querem, e não saber impor limites:
É preciso entender a diferença entre sustentar o lar e não custear os apelos de uma sociedade de consumo. Duas palavras determinantes: limite e simplicidade. O limite dá a segurança, a simplicidade dá sentido. E ambos ensinam o verdadeiro valor das coisas.
7º Passar horas e horas diante da TV, internet e demais eletrônicos e não ter tempo para a família:
Antigamente a televisão tinha o costume de reunir a família, mas hoje é uma televisão em cada cômodo, celulares nas mãos e não sobra tempo para rezar e para a convivência familiar.
8º Deixar o computador com internet em local isolado na casa ou fora do alcance da visão:
Devemos tomar muito cuidado com a internet, porque ela é uma porta do mundo para a sua casa, por isso a sua mulhara precisa estar fortalecida.
9º Não ter tempo para conversar:
A família precisa ter tempo para conversar sobre tudo que possa ser edificante para todos. A prioridade no diálogo dever ser o outro e não as coisas ou as situações.
10º Não propor a fé como algo essencial para a vida:
Qual é a maior herança que recebemos da nossa família? É a nossa fé. Se quisermos fortalecer a família diante dos ataques do inimigo, precisamos propor e vivenciar o amor de Deus e a fé como uma unidade essencial e envolvente para toda a vida.
“Um erro na vida não pode ser sinônimo de uma vida infeliz” (Padre Zezinho). É possível fortalecer as muralhas da família e devemos ser defensores dela. Recomece já a fortalecer as defesas da sua família. Tenha coragem. Deus está com você.
Transcrição e adaptação: Alessandra Borges