A crise é a grande oportunidade para peneirarmos, filtrarmos o que fica de ruim em nossa vida
‘O amor em crise’ é o tema desta pregação. A palavra amor têm vários significados, pode ser o ‘amor Eros’, entre homem e mulher; o ‘amor Filia’, que é o amor livre, que não quer receber valor algum em troca; e tem ‘o amor Ágape’, que é o amor de Deus, o amor entre pais e filhos.
Talvez sua vida, seu casamento e trabalho ou o relacionamento com seus filhos estejam em crise; e você tem um certo medo da palavra ‘crise’.
Crise significa “peneira”. Todos nós já vimos a cena, por exemplo, de um pedreiro usando uma peneira para ter uma areia mais fina. A crise é a grande oportunidade para peneirarmos, filtrarmos o que fica de ruim em nossa vida, em nossa família; o que pode estar estragando nossos relacionamentos.
Esse “amor em crise” pode vir em qualquer época da vida: na adolescência, juventude, maturidade ou velhice. Em todas as fases de nossa vida podemos ser afetados pela crise. Muitos podem pensar: “Já sou um homem sábio! Já sei tudo!”. Mas não é bem assim!
Casamo-nos para sermos felizes e fazermos o outro feliz. O amor em crise é justamente o ajuste que Deus faz em nós, e não podemos fugir, pois é isso que nos faz felizes para o resto de nossas vidas!
Quando olhamos para as pessoas que vivem há mais tempo que nós, pensamos por quantas peneiras essa pessoa já passou, quantas crises já enfrentou!
Para ilustrar melhor esse pensamento, meditemos a Palavra de Marcos 15, 21: “Passava por ali certo homem de Cirene, chamado Simão, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, e obrigaram-no a que lhe levasse a cruz”.
O que esse versículo tem em comum com a crise?
A Palavra diz que esse homem vinha de Cirene para oferecer seus serviços no templo. Naquela época, era costume sacrificar o cordeiro e purificar as pessoas com o sangue do animal morto. Esse homem queria receber apenas uma gotinha do sangue aspergido no altar do templo.
Quando estava a caminho, um guarda romano o chamou para ajudar a carregar a cruz de Jesus. Esse homem de Cireneu mal sabia que o sangue que mancharia toda a sua roupa era o verdadeiro Sangue de Cristo.
Nós, muitas vezes, queremos apenas ficar na nossa, não queremos entender o sofrimento do próximo. Contudo, quando abraçamos a dor do outro, passamos a entender a crise, a ver outros pontos de vista.
É importante compreendermos que o momento de crise passa. Quando um problema aparecer, jogue-se. Não fuja da sua crise!
Quando você abraça o seu próprio sofrimento, tem seu próprio testemunho para contar às pessoas. Isso é sabedoria, significa saborear sentimentos, fracassos e recomeços!
Transcrição e adaptação: Karina Aparecida