A oração como escola da esperança

Emanuel Stênio

Emanuel Stênio | Foto: Arquivo CN/cancaonova.com

Vamos entender o que a Igreja diz sobre a oração e a esperança. Vale lembrar que: a esperança é uma virtude teologal. Temos a fé, a esperança e a caridade.

A fé

A é acreditar em Deus mesmo sem vê-Lo e sem senti-Lo. A fé é aquilo que rezamos no Credo a cada domingo na Santa Missa. Temos fé; uma fé carismática; fé de milagres; mas a fé em Deus é quando acreditamos que Ele está conosco mesmo sem vê-Lo.

A esperança

A esperança é quando esperamos o Senhor e temos a esperança de que Ele voltará.

A caridade

E a caridade é a união entre o homem e Deus de forma tão perfeita. Quando morrermos e nos encontrarmos com Deus não precisaremos mais da fé, porque estaremos vendo o Senhor face a face, também não precisaremos mais da esperança, pois estaremos com Ele. Sendo assim, o que nos restará é a caridade. Por isso, o apóstolo Paulo diz que, no fim, só restará a caridade (cf. I Coríntios 13).  

Jesus veio nos salvar

Podemos perceber nos Evangelhos, de forma especial, em um capítulo de João onde Jesus diz: “Vai a sua fé te salvou”. Porque Jesus veio salvar o homem por completo. Jesus salvou a vida daquela prostituta pega em adultério; salvou Zaqueu, um corrupto; salvou Mateus, um cobrador de impostos. Jesus foi salvando aqueles homens e mulheres, foi chamando à conversão e eles mudaram de vida, ou seja, houve um comprometimento com a Palavra de Deus. Esta é a nossa esperança: quando o Senhor voltar estaremos ao lado d’Ele.

Além dessa esperança, temos a confiança de que dias melhores chegarão. Acreditamos que, depois da tempestade vem a paz e a bonança. “Para mim, a oração é um impulso do coração, um simples olhar dirigido para o céu, um grito de agradecimento e de amor, tanto do meio do sofrimento como do meio da alegria” (Santa Teresinha do Menino Jesus).

Lancemos um olhar para o Céu, gritemos e reconheçamos o amor de Deus.

A humildade é o fundamento

Em Lucas, capítulo 18, a história do publicano conta que: “Quem se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado”. A oração nos torna humildes. Jesus venceu as tentações da gula, do prazer e da avareza com as três práticas de ascese: a oração, o jejum e a esmola. Precisamos viver essas práticas todos os dias!

A humildade é o fundamento da oração. A oração é um encontro de duas pessoas: uma humana e outra divina. Nesse encontro com Deus, precisamos, primeiramente, encontrar a nós mesmos.

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Como está o seu coração? Você tem vivido de forma verdadeira? O coração é o lugar da verdade; e a nossa oração precisa ser com humildade e verdade. A vida de oração consiste em estar na presença de Deus. Fazemos isso através da Leitura da Palavra de Deus, da adoração ao Santíssimo Sacramento, uma novena com algum santo de devoção, existem muitas maneiras de estarmos na presença de Deus.

Fazer a vontade de Deus

A oração remete-nos a querer fazer a vontade de Deus, a deixarmos a nossa vontade de lado para fazermos a vontade de Deus, assim como Jesus submeteu a Sua vontade para fazer a vontade do Pai. Os próprios discípulos disseram: “Senhor, ensina-nos a orar”. A oração é imprescindível à nossa vida. Não temos a presença física de Jesus, mas temos a Sua presença divina. “Ele pode estar ao lado de todos que O invocam” (cf. Salmo 145). Para termos acesso a essa intimidade com Jesus, precisamos de um ato de fé. Para rezarmos temos que ter fé. A oração é um encontro!

Banner do canal PlayCancaonova no YoutubeTranscrição e adaptação: Karina Silva.

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