Jesus, o Pão da Vida, vem nos alimentar
Meus irmãos, na parte da manhã, o Diácono Elenildo nos falou – durante sua pregação – a respeito do tesouro maior que é a Eucaristia.
Nesta tarde, eu quero refletir com você sobre a resposta que devemos dar a este inestimável dom que é a Eucaristia. Qual tem sido a sua resposta? Como tem sido o seu relacionamento com Jesus Eucarístico?
Vamos, juntos, refletir a partir daquilo que nos revela a Palavra de Deus:
Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: buscais-me, não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes fartos. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará. Pois nela Deus Pai imprimiu o seu sinal”. Perguntaram-lhe: “Que faremos para praticar as obras de Deus?” Respondeu-lhes Jesus: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou”. Perguntaram eles: “Que milagre fazes tu, para que o vejamos e creiamos em ti? Qual é a tua obra?* Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: Deu-lhes de comer o pão vindo do céu” (Sl 77,24). Jesus respondeu-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo”. Disseram-lhe: “Senhor, dá-nos sempre deste pão!”. Jesus replicou: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.” (Jo 6,26-35).
Essa passagem bíblica se dá logo após Jesus ter multiplicado os pães e os peixes e ter saciado aquela multidão. Uma multidão que antes estava faminta e agora queria novamente saciar-se pelo pão material que Jesus tinha a oferecer. Perceba, então, que Jesus está formando aquela gente para qualificar o seu relacionamento com Deus. Nesta qualificação, o homem é instruído a buscar a Deus não por aquilo que Ele tem a oferecer, mas sim por aquilo que Ele é.
Precisamos qualificar nosso relacionamento com Cristo
E é exatamente isso que o Senhor quer realizar conosco: Ele quer qualificar o nosso relacionamento com Ele.
Se não nos alimentarmos, certamente morreremos. Precisamos de alimento. Portanto, o sinal do pão indica algo essencial para a nossa subsistência. Jesus, o Pão da Vida, vem nos alimentar. A nossa alma necessita da Eucaristia para não definhar. Trata-se de uma questão de subsistência da alma!
Desde o meu encontro pessoal com Jesus, há muitos anos, tenho aprendido que minha relação com Cristo precisa ser cada vez mais qualificada. Tenho descoberto que a minha fé não pode se deter tão somente nas obras de Deus, mas é necessário, cada vez mais, buscar Aquele que é o Senhor das obras.
Veja: quando Deus envia Moisés para libertar o seu povo, Ele o realiza para que o povo de Israel possa servi-Lo, ou seja, a libertação da escravidão e todos aqueles milagres realizados por Deus diante do faraó no Egito, sempre estiveram em função do culto.
Deus sempre realiza Suas obras. Mas elas devem nos impulsionar a cultivarmos um olhar contemplativo. O mistério da Eucaristia pede isso de nós! Diante de Jesus Sacramentado, nossa adoração, nosso olhar contemplativo diante do Senhor, são respostas de amor que damos a Nosso Senhor.
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Monsenhor Jonas nos ensina que Jesus, porque quer nos formar como adoradores, Ele mesmo se encarrega de infundir em nós uma profunda sede de estar na Sua presença. Queira isso! Deseje isso! Anseie por estar na presença de Jesus Sacramentado e saiba que, quando você se coloca diante da Eucaristia, você está se “dando de volta” a Deus. Adorar a Jesus é devolver a Ele a glória que Lhe é devida e que, por muitas vezes, nós usurpamos com nossas vaidades e autossuficiência.
Maria, a mulher eucarística
Maria, a mulher eucarística, pode e quer nos ensinar a sermos adoradores em espírito e em verdade. Nossa Senhora quer nos ensinar a cultivarmos uma atitude interior, uma atitude eucarística. Somos chamados a essa atitude eucarística: ter consciência de que Jesus está presente nas espécies do pão e do vinho e dar a Ele nosso louvor e adoração.
Maria nos ensina que adorar é “fazer-se sacrário”. Maria foi a portadora do Verbo por excelência. Ela foi o primeiro “sacrário vivo”. E trazer Jesus dentro de nós é também abraçar o sacrifício que isso comporta. Adorar é também unir nossos sofrimentos ao sofrimento de Cristo na Sua Paixão e Morte na Cruz.
Meus irmãos, como somos bem-aventurados, pois participamos do banquete eucarístico! Isso é uma graça sem igual! Acolhamos o mistério da Eucaristia, nosso maior tesouro, dando a esse mistério uma resposta sincera e amorosa.
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Transcrição e adaptação: Alexandre Oliveira