Santo é aquele que é casto, que escuta de Deus: “Meu filho, alegra-me te ver lutando”
A Palavra meditada está em 1 Tessalonicenses 4,3.
Quero deixar bem claro que a vontade de Deus é a nossa santificação. Essa é também a nossa vontade?
Há um desejo e uma busca de Deus em nosso interior, porém, muitas vezes, somente o desejo não basta. Precisamos formular uma atitude que nos levará a ser santos.
Já temos a graça da santidade em nossa alma. Todos nós que fomos batizados recebemos em nossa alma a graça da santificação, mas ela precisa ser fortificada.
Você pode estar em sua casa, ter uma família, mas a sua alma está na devassidão, a sua alma está mergulhada numa podridão. A alma, muitas vezes, está em situações precárias, está mendigando falsos amores deste mundo.
A atuação da graça
A graça atua antes, durante e após o ato humano. Santo Agostinho tem uma frase muito conhecida que diz: “Dá-me aquilo que ordenas, ordena-me aquilo que queres”. Como cristãos, acreditamos que há uma graça sobrenatural agindo no meio de nós. Temos a graça de vencer a tentação. Todos os santos foram tentados, tiveram essa tentação ao mal.
Quantas lutas temos travado contra os nossos pecados, para não cairmos no vício, na soberba, para mantermos a nossa vida no estado de graça! Será que Jesus olha para nós e diz: “Meu filho, agrada-me te ver lutando”?
Santa Inês viveu uma experiência muito forte com Deus. O filho do prefeito de Roma encantou-se com a beleza dela e queria se casar com ela. Santa Inês negou, por isso foi levada a uma praça de Roma, onde tiraram toda a sua roupa. Naquele momento de nudez, Deus fez com que todo o seu cabelo crescesse tampando o seu corpo. Quando nós realmente queremos viver a santidade, a castidade, Deus não permite que a nossa castidade seja violada.
Voltar para a condição de filhos
Na parábola do filho pródigo, quando o filho diz: “Pai, dá-me a minha herança que quero gastar tudo” (cf. Lucas 15,11-32), ele está negando a sua santificação. O ato de santidade é, muitas vezes, reconhecer que estamos fedendo e que precisamos voltar para a nossa condição de filhos.
O segredo da santidade é a alma humilde. Santo é aquele que tem a alma humilde!
Precisamos sair da nossa realidade de pecadores e entrar na forma de Deus. As nossas arestas precisam ser cortados e, muitas vezes, os cortes doem, mas sofrimento para os santos não é ruim.
Deus é forte em nós, Ele tem agido com a Sua graça em nossa vida. Existem extremos da dor que podem nos condenar ou nos salvar, somos nós que escolhemos. Não deixemos a dor ter a última palavra em nossa vida.
Precisamos negar a nossa vontade própria
Todos queremos ser santos, mas não queremos negar a nossa vontade própria. Colocamos para Deus condições, mas santidade é entregar tudo para que Ele nos leve onde quiser.
Estamos vivendo em meio a tanto barulho nesse mundo, estamos presos em tantas coisas e estamos nos esquecendo de viver a santidade sobre essa geração.
A obediência não traz lógicas humanas, porém, a obediência é a lógica do Céu. Santo é aquele que é casto, que escuta de Deus: “Meu filho, alegra-me te ver lutando”.
Gostamos de nos gloriar muito, contudo, santo é aquele que se esconde. Quando as pessoas chegam em um grau de santidade muito grande, mais elas reconhecem a sua fraqueza e vão se escondendo. Deus sabe que somos fracos, mas a graça d’Ele nos basta.
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Transcrição e adaptação: Karina Silva.