O Senhor nos dá a oportunidade de nos achegarmos a Ele. Sabemos, portanto, que a iniciativa é de Deus. Ele quer conduzir nossa vida, mas sabemos qual o querer ou a vontade d’Ele para nós? É bem verdade que essa pergunta nos inquieta, parece que nós não sabemos respondê-la e até mesmo que devemos, dia a dia, saber qual é a resposta. Hoje é o dia que Deus escolheu para realizar essa vontade.
Os santos da nossa Igreja nos ensinam que devemos caminhar na vontade do Senhor, pois o cumprimento dela é o nosso paraíso. Se nós compreendêssemos que o que estamos vivendo é a vontade d’Ele, automaticamente daríamos sentido àquela circunstância. Se temos essa compreensão, caminhar nessa vontade muda o sentido de nossa vida. Monsenhor Jonas [fundador da Canção Nova] nos ensina que Deus fala nos fatos e nos acontecimentos da nossa vida.
Abra a sua Bíblia, na passagem de I Ts4,3: “A vontade de Deus é que sejamos santos!” Mas como isso acontece? Precisamos testemunhar aquilo que é a orientação da conduta que Deus quer para a nossa vida. A partir daí, precisamos compreender como acontecerá essa decisão.
Quando vamos montar um quebra-cabeça, pegamos a capa e olhamos qual o desenho a ser montado. Esse versículo que lemos da Sagrada Escritura é a imagem dessa capa, ou seja, as circunstâncias que estamos vivendo são as peças desse quebra-cabeça. Agora, eu lhe pergunto: diante das situações em que você está vivendo, como tem sido a sua conduta?
A santidade na nossa vida, de forma particular, acontece na forma em que falamos com as pessoas. Hoje, precisamos cumprir isso. Não é fácil, mas é vontade de Deus. Precisamos nos converter, pois temos de ter um vocabulário com mais sobriedade. É simples? Pode ser, mas é nisso que precisamos ser fiéis. Cada circunstância que estamos vivendo deve gerar em nós frutos de santidade.
Qual tem sido a nossa atitude diante dos fatos que acontecem conosco? Talvez, estejamos numa etapa da nossa vida em que não estamos conseguindo administrar todos os problemas que acontecem conosco. Paremos e perguntemos para Deus o que Ele quer de nós com essa situação. Assim, veremos que a resposta é que sejamos santos. Mas, o que é ser santo? É ser imagem e semelhança de Deus, é transparecer aquilo que é vontade d’Ele. Por vezes, não entendemos essa vontade, pois nos falta intimidade com Ele. Tratamos Deus como moeda de troca.
Irmãos, o Senhor criou o homem para ser Seu filho. Devemos ter com Ele um relacionamento de Pai, mas não o temos! Achamos que Ele é um ser distante ou ainda que está alheio ao que vivemos.
Talvez nós, que somos filhos, não consigamos ter essa experiência com Deus, porque nos falta a experiência com nosso pai. Eu mesmo, por muitos anos, não falava com meu pai. Mas o Senhor me concedeu a oportunidade de recomeçar e, durante o processo de conversão, percebi que eu precisa me comportar como filho do meu pai. Eu me afastei por causa de tantas situações, como o alcoolismo dele, que trouxe à minha família necessidades materiais; mas, graças a Deus, eu pude perdoar o meu pai.
Pode ser que estejamos vivendo um momento como esse: olhando para Deus como um derrotado, sem a certeza, em nosso coração, de que Ele está em nossa vida para nos resgatar. Digamos a Deus aquilo que queremos ouvir d’Ele. Se não nos sentimos amados, digamos para Ele.
Você tem certeza do amor de Deus por você? Saiba que Ele é o seu Pai e por isso o ama! Lembre-se da parábola do filho pródigo. Ele não se sentia amado, mas esse filho teve a coragem de voltar para Deus.
Voltemos para a maravilhosa experiência que Ele nos concede: de sermos amados por Ele. Dentro de nós está o Senhor, o nosso Libertador, pois, mesmo que todos nos abandonem, Ele não nos abandonará.
Sem o conhecimento de Deus não cumpriremos a Sua vontade e não caminharemos para a santidade, pois é Ele o nosso ponto de partida. Quanto mais nós O conhecemos, mais íntimos seremos d’Ele.
Transcrição e adaptação: Luana Oliveira