Como trabalhar a dor da morte
“Quanto ao justo, mesmo que morra antes da idade, gozará de repouso.
A honra da velhice não provém de uma longa vida, e não se mede pelo número dos anos.
Mas é a sabedoria que faz as vezes dos cabelos brancos; é uma vida pura que se tem em conta de velhice. Ele agradou a Deus e foi por ele amado, assim (Deus) o transferiu do meio dos pecadores onde vivia.
Foi arrebatado para que a malícia lhe não corrompesse o sentimento, nem a astúcia lhe pervertesse a alma: porque a fascinação do vício atira um véu sobre a beleza moral, e o movimento das paixões mina uma alma ingênua.
Tendo chegado rapidamente ao termo, percorreu uma longa carreira.
Sua alma era agradável ao Senhor, e é por isso que ele o retirou depressa do meio da perversidade. Os povos que vêem esse modo de agir não o compreendem, e não refletem nisto: que o favor de Deus e sua misericórdia são para seus eleitos, e sua assistência está no meio de seus fiéis.
O justo, ao morrer, condena os ímpios que sobrevivem, e a juventude, atingindo tão depressa a perfeição, confunde a longa velhice do pecador. Eles verão o fim do sábio, e não compreenderão os desígnios do Senhor a seu respeito, nem por que ele o pôs em segurança.
Eles verão e mostrarão desprezo, mas o Senhor zombará deles. Depois disso serão cadáveres sem honra, desterrados entre os mortos, numa eterna ignomínia, porque ele os ferirá, e os precipitará sem voz, abatê-los-á nas suas bases e os mergulhará na última desolação. Eles serão entregues à dor, e a memória deles perecerá. Comparecerão aterrorizados com a lembrança de seus pecados, e suas iniqüidades se levantarão contra eles para os confundir” (Sabedoria 4,7-17).
Para a pessoa temente Deus, a morte prematura não é uma desgraça. O sofrimento é maior para quem fica do que para quem vai para junto de Deus. A pessoa que parte para perto do Senhor não pode mais ser vista, mas ela vê os seus e intercede por eles no céu.
Diácono Nelsinho Corrêa tem uma música que diz assim: “Só se tem saudade do que é bom. Se chorei de saudade não foi por fraqueza, foi porque eu amei”.
Só temos saudade de coisa boa! Duvido que você tenha saudade de uma maldade que fizeram contra você. Se você tem saudade em seu coração, é porque amou.
Assista trecho de pregação:
Pessoas boas sempre “morrem cedo”; são tão boas, que sempre será cedo para partirem. Há pessoas que, para o nosso bem, não deveriam morrer. Um exemplo é padre Léo (se ele me ouvisse falar isso, daria-me um cascudo!). Acho que padre Léo viveu pouco, mas o suficiente para cumprir sua missão.
A Palavra de Deus nos ensina que os anos não dizem se a vida de uma pessoa foi boa, mas sim a quantidade de bondade que ela fez caber na vida dela.
Deus quer que, no fim da nossa vida, não encontremos a morte, mas o descanso. Se você tem uma vida santa, você a entrará na glória do Pai.
No céu, você não chorará de saudade nem de dor. Se houver uma lágrima lá, será de alegria e alegria! Alegria por encontrar sua mãe, sua irmã, seu amigo e tantas outras pessoas queridas ao seu coração.
Como lidar com a morte de uma pessoa amada
O velório de uma pessoa temente a Deus pode ser sofrido por causa da saudade, mas não pode ser triste, porque a tristeza gera uma revolta contra o Senhor, por causa de uma pessoa que partiu. Você precisa crescer na confiança e na esperança em Deus.
Exemplo disso é professor Felipe Aquino. Fui ao velório de sua esposa, Zila, e lá estava ele completamente sereno. Eu disse a ele: “Professor, que sofrimento!”. Ele me respondeu: “Márcio, é só um tempo. Nós que cremos em Jesus, acreditamos na ressurreição!”.
:: Confira o testemunho do professor Felipe Aquino
A pessoa que vive uma vida de santidade é agradável a Deus. Ensine a quem você ama a ser santo, colabore para que seus filhos e esposo sejam tementes a Deus.
Baseado na Bíblia, o conforto para uma morte precoce
Veja o que fala a Palavra de Deus: “Ele agradou a Deus e foi por ele amado, assim (Deus) o transferiu do meio dos pecadores onde vivia. Foi arrebatado para que a malícia lhe não corrompesse o sentimento, nem a astúcia lhe pervertesse a alma”.
A morte é a perda temporária de uma pessoa, pois nós a reencontremos em Deus. No entanto, quem for para o inferno não vai encontrar ninguém, pois lá é um lugar solitário. Se uma pessoa que amamos vai para o inferno, nós a perdemos para a vida inteira!
Se você pudesse escolher viver mais tempo e ir para o inferno ou morrer mais cedo e ir para o céu, o que escolheria? Espero que seja o céu!
Vencendo as paixões
“Porque a fascinação do vício atira um véu sobre a beleza moral, e o movimento das paixões mina uma alma ingênua” (Sabedoria 4,10).
Quem está viciado no mal não consegue ver o bem, porque fica cego. A partir no momento em que a maldade entra em nós, ela vai minando nosso coração. Se quisermos ver Deus face face, precisaremos ter uma vida santa. Não podemos ceder ao pecado, aos vícios da paixão.
A vida não é só prazer. Se sua meta for viver o prazer ao máximo, você será triste e morrerá triste. Não há conquista maior que controlar uma paixão. A mágoa e o ressentimento são paixões, e aqui “paixão” significa aquilo que coloca em desordem os nossos sentimentos. Vencer a paixão e a si mesmo é o maior triunfo!
A maior dor não é levar um tapa de uma pessoa no rosto, mas é quando ela faz mal ao coração. A paixão são as emoções desordenadas, por isso não permita que ela afete seus atos.
Transcrição e adaptação: Elcka Torres