Quanto mais na graça estamos, mais cooperamos com a graça divina. Isso se renova todos os dias, em milhares de lugares no mundo, a todas as horas, graças ao santo sacrifício de Nosso Senhor Jesus nos altares da Igreja.
Você não precisa ficar vagando pelo mundo, buscando sinais e prodígios, pois o maior de todos os milagres tem hora e local para acontecer: é a Santa Missa.
O Evangelho, de hoje, apresenta-nos a realidade de eternidade e o quanto somos finitos na vida que possuímos. A eternidade feliz ou não depende apenas dos nossos atos e daquilo que somos capazes de fazer nessa vida.
Para sermos dignos de viver a eternidade ao lado de Deus, precisamos desejar viver isso desde agora. Quanto mais nos empenhamos por algo, e quanto antes começamos a buscá-lo, maior é a chance de obtermos êxito ao final.
Assim como o Santo Padre, de quem nos despedimos hoje, buscou a salvação todos os dias se sua vida. Bento XVI é um exemplo de cooperador de Cristo, alguém que lutou com todas as forças, e continuará lutando, para que o maior número possível de almas fossem salvas.
Quando olhamos para a face de Bento XVI, podemos ver que o céu está na sua alma. Assim como dizem os carmelitas: “o céu é Deus e em minh’alma Ele está”. Em seu escritório, Bento XVI tinha um belo quadro de Santa Teresinha com os seguintes dizeres: “Quando a gente ama dá de si ao próximo, mesmo que doa”.
O pobre do Evangelho, que é chamado de Lázaro, é o exemplo claro de alguém que carrega o Cristo em sua própria alma. Na sua humildade e mansidão, ele buscou a cruz de Jesus sabendo de que sua recompensa não seria neste mundo.
Talvez, alguns padres tenham deixado de falar no céu, inferno e purgatório, mas isso não significa que eles deixaram de existir. Precisamos viver cada dia como se fosse o último, em uma busca constante pela vida eterna.
O problema do rico do Evangelho não foi negar ao pobre os restos que caiam da mesa, tão pouco a sua riqueza. Deus não é contra você ter algo, o que Ele repugna é que os seus bens dominem você.
Nós, e principalmente as crianças, temos muitas figuras como heróis. Eu posso dizer que os meus maiores heróis são os Papas da nossa Igreja, pois a palavra “herói” poderia ser traduzida como exemplo. Seja ele exemplo de humildade, mansidão, entrega, doação, entre tantas outras coisas.
Jamais poderemos dizer a Deus que Ele nos deixou desamparados e sem exemplos para seguirmos o caminho de santidade. Temos, em nossa Igreja, um exército de homens e mulheres que foram fiéis a Deus e, como recompensa, receberam as honras do altar, além claro, da vida eterna.
Você precisa ter olhos e ouvidos atentos às necessidades do irmão, pois todos os que tiveram êxito em sua caminhada, foi porque se desalojaram e foram ao encontro daqueles que realmente precisavam. Não permita que o mundo torne você insensível à necessidade do próximo; afinal, a caridade é a companheira de todo homem e mulher de oração.
Transcrição e adaptação: Gustavo Souza