Mulher, eis aí teu Filho

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Márcio Todeschini. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Falar de Maria é partilhar com o coração. Muitas vezes, vamos sendo desvirtuados de nossa crença em Nossa Senhora, tentam tirá-la de nosso coração; então, nascem incertezas que nos fazem duvidar da nossa fé.

Quais são as verdades sobre Maria?

A primeira verdade sobre ela: Maria é a mãe de Deus.
A segunda verdade: é Imaculada, foi concebida sem o pecado original.
A terceira verdade: é a sempre Virgem. Santo Agostinho nos ensina que ela é a sempre Virgem antes, durante e depois do nascimento de Jesus Cristo.
A quarta verdade: Maria está na glória de Deus em corpo e alma.

Um dos fundamentos dessas verdades é a profecia de Isaías 7,14 que nos diz: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco”.

A humanidade toda é entregue à Mãe de Jesus, e não precisamos ir muito longe para entendermos isso! Jesus, na agonia da cruz, depois de tantas horas sendo crucificado, talvez nem pudesse enxergar, mas viu que Sua mãe e o discípulo João estavam ali junto d’Ele. De certa forma, sentiu-se muito feliz, pois sabe que Sua mãe não O abandonou e que ela também não estava só, pois o discípulo a acompanhava.

“No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus. Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima.  André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido. Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)” (João 1, 35-42).

Quem era João? Um homem simples e humilde. Na descritiva do amor, João escreveu uma carta belíssima, foi o último dos doze discípulos a morrer. Ele morreu velhinho, não foi martirizado. Teve um papel importantíssimo nos primeiros anos da Igreja Primitiva.

Existem pessoas que chegam de mansinho. Eu penso que João era assim, não negava quem ele era, não fazia propaganda. João estava aos pés da cruz de Jesus, porque era Seu amigo e não iria deixar a Mãe de Jesus só. João respondia mesmo sem ter consciência do chamado de Deus.

Já sabemos que Maria é a Mãe de Deus, a sempre Virgem. Mas e a missão de Nossa Senhora, qual era?

“Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. Respondeu-lhe Jesus: Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou. Disse, então, sua mãe aos serventes: Fazei o que ele vos disser” (João 2, 1-4).

Se Maria alcançou tamanha glória, por que não irá alcançar uma glória para nós? Quem fica junto da Mãe não se desespera na hora do sofrimento. Faz parte da missão de Maria manifestar a glória de Jesus para que outros creiam, isto é, ela gera homens e mulheres na fé!
Imaginemos o amor da Mãe de Deus por nós! Abra o seu coração e volte para o coração da Mãe, porque essa é missão dela: dar-nos a vida nova!

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Peregrinos participam da Quinta-feira de Adoração na Canção Nova. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Veja, Maria era Imaculada, ou seja, foi preservada do pecado original. Todos nós sofremos a consequência do pecado original. No dia do batismo, o pecado é tirado de nós. Maria é modelo, é a primeira discípula, aquela que obedeceu as palavras que vinham de Deus.

Estamos tratando de realidades, mas não podemos acreditar somente com o coração, e sim com o corpo todo! Precisamos fazer a experiência de nos prostrarmos e esperarmos em Deus!

Como ofendemos a Deus com o nosso pecado! Se soubéssemos disso, não pecaríamos. Somos envolvidos, muitas vezes, pelos nossos pensamentos e não percebemos o que estamos cometendo. Você vai caminhar por entre os espinhos, entre as chamas, mas Maria vai socorrê-lo!

Não sei que tipo de filho, de mãe, de discípulo você tem sido, mas precisamos nos rever!
Como diz Santo Ireneu, “obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano” (147). Eis porque não poucos padres afirmam, tal como ele, nas suas pregações, que “o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a Virgem Maria com a sua fé” (148); e, por comparação com Eva, chamam Maria a “Mãe dos vivos” e afirmam muitas vezes: “a morte veio por Eva, a vida veio por Maria” (CIC 149).

Transcrição e adaptação: Karina Aparecida

Adquira esta pregação: (012) 3186-2600 

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