Precisamos deixar o passado para trás e não permitir que ele seja presente em nossa vida. Desde o Gênesis até o Apocalipse, Deus passou pela vida de muitas pessoas, e nenhuma delas foi mais a mesma depois disso. Elas tiveram uma experiência com Deus e foram renovadas, pois o Senhor as transformou ao tocar o coração delas.
No Evangelho de São João, capítulo 4, é apresentada a história da samaritana. Aquela mulher estava sofrendo com o preconceito do povo, mas também com um preconceito pessoal. Ela sofria interiormente. A partir do momento em que ela se encontrou com Jesus e estabeleceu um diálogo com Ele, sua vida mudou para sempre. Hoje, Jesus quer estabelecer um diálogo com você!
Não sei como é sua história, mas, assim como a da samaritana, talvez a sua história também seja difícil. Jesus olhou para aquela mulher e viu o coração dela, o cansaço do seu caminhar.
Às vezes, entramos em um lugar e não percebemos a situação que Jesus nos apresenta. Queremos tantos abraços, mas nos esquecemos de que o Senhor está nos apresentando um novo abraço. A samaritana estava presa à água, que era algo externo. No entanto, se bebermos da água que Jesus tem para nos dar, de dentro do nosso coração jorrarão rios de água viva.
O Senhor não lhe pergunta de onde você veio. Ele acredita em você, na sua história; e você também acreditou na sua vida, porque a viu pelos olhos d’Ele. No diálogo com o Senhor, a samaritana abre sua vida; a partir daí, ela vê a verdade. Que você não tenha medo da sua verdade quando a olhar pelos olhos de Jesus.
A samaritana não acreditava em si mesma, por isso Jesus começou a lhe mostrar sua vida. Ela queria uma verdade para o seu coração e buscava isso nas pessoas. Quantas vezes fomos surpreendidos pela decepção, porque buscamos a verdade nas pessoas enquanto deveríamos buscá-la em Jesus! O Senhor falou àquela mulher: “Chegou a hora e é agora que os verdadeiros adoradores adorarão em espírito e em verdade”.
Em uma capela, só Deus pode ser entronizado, e é Ele quem deve estar no centro das coisas. Quando Deus está no centro, Ele cura sua história para sempre. Não existe outra forma de cura interior se não for a adoração.
A adoração do homem, mesmo que limitada, é o braço que toca o céu. Deus, no momento da adoração, estende o braço para nós e assim acontece o Seu abraço na nossa alma.
Transcrição e adaptação: Míriam Santos Bernardes