Dom Alberto, no “Retiro Popular” de 2015, incentiva os cristãos a compreenderem a arte do perdão
Alessandra Borges
Da Redação
No dia 18 de fevereiro inicia-se, na Igreja, o tempo quaresmal. Todos os cristãos são convidados a viver este tempo de penitência, conversão, caridade e recolhimento para recordar a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Anualmente, o Arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira Corrêa, que também é membro do Pontifício Conselho Cor Unum, consultor do Conselho dos Leigos, assistente Nacional da Renovação Carismática Católica (RCC), assistente internacional para as Novas Comunidades e membro da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos, lança pela Editora Canção Nova o “Retiro Popular” com o objetivo de propor aos católicos uma experiência de oração e encontro com Deus durante a Quaresma.
Segundo o arcebispo esta parceria com a Canção Nova tem oferecido aos fiéis a oportunidade de meditarem a cada ano a respeito de um tema diferente. E reforça que o tema a ser refletido nesta edição: “a arte do perdão” é providencial devido ao clima de violência, agressão e de divisão entre as pessoas e de perseguições religiosas espalhadas pelo mundo.
“Nós como cristãos precisamos oferecer a experiência de ser ‘pontes’, por isso a ideia que me veio inspirada pelo Senhor foi fazer um retiro com este título. Precisamos lembrar que falar de perdão não é falar de esquecimento, mas sim reconhecer que a pessoa é mais importante do que sua falha. Deus faz isso conosco, por isso precisamos aprender a arte do perdão em duas direções: acolher o perdão de Deus e, depois de ter recebido este perdão, comunicá-lo às outras pessoas”, explicou Dom Alberto.
Com uma proposta diária de leitura da liturgia do tempo quaresmal, rica pela espiritualidade presente nela, os cristãos são convidados a viver três passos: caridade, oração e penitência. O prelado destaca a importância de vivermos um período intenso de oração e união diante dos acontecimentos que presenciamos na sociedade atual.
“Vivemos em uma época em que cada pessoa quer garantir os próprios direitos. O Cristianismo não é uma experiência de direitos bem definidos, mas sim a liberdade da iniciativa de Deus, que vem ao nosso encontro e além daquilo que é a estrita obrigação. Eu espero que nós cristãos sejamos esta geração diferente e não uma geração de reivindicações, mas de liberdade, doação, entrega de vida, superação de barreiras e iniciativa de amor que chega ao perdão. Esta é a expectativa que tenho para a Páscoa deste ano, que seja realmente uma experiência de ressurreição pessoal e de saída dos eventuais machucados que possam existir dentro do coração de cada um de nós”, contextualizou Dom Alberto.
Confira a entrevista com o Arcebispo de Belém (PA), na íntegra, realizada pela repórter Fernanda Ribeiro sobre o livro “Retiro Popular” de 2015: